O senador Antonio Anastasia (PSDB), candidato ao governo de Minas, reconheceu a necessidade de uma reforma da previdência, mas alfinetou o governador Fernando Pimentel (PT), afirmando que, durante sua gestão, nunca houve atraso de salário, incluindo dos inativos. Mais cedo, Pimentel havia atribuído a crise do estado à "herança maldita" do PSDB e enfocou que o maior problema se relaciona à previdência estadual. Anastasia participou de almoço com empresários nesta segunda-feira e, pela manhã, encontrou representantes de consórcios municipais de saúde, reforçando sua estratégia de atuar diretamente com os municípios.
“É sempre bom lembrar que pagamos regularmente todos os salários em dia, inclusive os aposentados, coisa que o governo não faz há mais de dois anos. Estamos estudando hipóteses de viabilidade (da reforma da previdência), sabendo da necessidade de uma promeira reforma no âmbito federal”, diz.
Em almoço com empresários nesta segunda-feira, Anastasia aproveitou para citar rebaixamento da nota do estado na classificação da agência Standard & Poor's Global Ratings (S&P Global Ratings). “No meu governo, em 2012, conseguimos uminvestimento grande e colocamos o estado em plena regularidade para investimentos. Esse mesmo dado foi confirmado em abril de 2015, já no governo dele (Pimentel).
Perguntado se, caso eleito, vá decretar a moratória, Anastasia afirmou não poder antecipar medidas e considerou que a medida não é adequada, pois fere a credibilidade. O candidato voltou a defender junto a empresários um projeto de governo que cumpra o “básico” para retomar o crescimento do estado, que tem atrasado repasses às prefeituras e parcelado salários dos servidores. “Minha proposta é a de resgatar Minas da situação financeira trágica em que se encontra e que acaba prejudicando os negócios privados”, disse.
Ele se compromete com a redução da burocracia e do tamanho do estado. “A simplicidade está entre as diretrizes do meu governo, que significa tornar mais leve e menos onerosa a vida das pessoas físicas e jurídicas. Outra é a austeridade, com a redução do tamanho do estado”, afirmou.
Pela manhã, Anastasia esteve reunido com representantes de consórcios municipais de saúde e criticou mais uma vez o governo Pimentel. “Lamentavelmente, o atual governo não está repassando os recursos financeiros, o que cria dificuldade grande para os municípios continuarem a prestação de serviços”, disse.