O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que jamais se apresentou como alguém capaz de unir a esquerda do País.
"Eu nunca me apresentei como alguém que vai unir a esquerda. Eu sou o candidato do nacional desenvolvimento", afirmou o pedetista. Interpelado pelos apresentados novamente sobre o tema, ressaltou: "Não por mim".
O candidato procurou manter distância do PT. Ciro reconheceu que nunca imaginou que o PT desistiria de ter candidatura própria e que uma eventual aliança com o partido somente se dará no segundo turno.
Especificamente sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro afirmou crer que ele "não é santo nem satanás". No final da entrevista, sem citar nominalmente nenhum partido, o candidato sugeriu que está "virando religião" o apoio a alguns candidatos.
A ex-presidente Dilma Rousseff também não foi poupada de críticas. "Da Dilma pra cá, isso tudo foi perdido", afirmou, em relação à economia.
Kátia Abreu
Ciro Gomes a escolha da candidata a vice na chapa dela, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO).
"Ela veio porque é diferente, porque é mulher, porque dialogo com setores produtivos", afirmou o candidato, ressaltando que a senadora votou contra o impeachment e contra a reforma trabalhista.
Na semana passada, porém, Ciro e Kátia divergiram em relação à questão trabalhista. Em evento na segunda-feira passada, na capital paulista, Kátia Abreu disse que era um "mito" que Ciro seja contrário à reforma trabalhista.
Na entrevista à Globo, Ciro voltou ao tema. "Nós somos favoráveis a uma reforma trabalhista. Mas uma que respeita o trabalhador, que não siga com esta selvageria que está aí. Nós estamos de pleno acordo. Nós nos completamos", ressaltou.
O candidato também buscou ligar a imagem da chapa dele à do PT em 2002.