Candidato com o maior patrimônio da campanha eleitoral, o empresário Romeu Zema (Novo) firmou compromisso em cartório de só receber os R$ 10,5 mil de salário quando o estado tiver pagado os servidores e aposentados.
Segundo o texto oficializado no Cartório do 9° Ofício de Notas de Belo Horizonte, ele, seu vice na chapa Paulo Brant e os secretários não serão pagos enquanto houver funcionário ativo ou inativo com vencimentos, aposentadorias ou pensões em atraso e parcelamento.
A julgar pela escala que vem sendo praticada, o candidato, se eleito, só teria direito ao salário pelo menos um mês depois da data prevista.
Ao fazer o registro nessa segunda-feira (27), Zema disse que o “exemplo tem que vir de cima” e que o compromisso de campanha não era mais que obrigação. O candidato disse que, em suas empresas, passou por dificuldaddes mas os funcionários sempre receberam "religiosamente em dia".
Zema é o mais rico entre os nove candidatos que disputam o governo de Minas. O candidato informou ter R$ 69.752.863,96 em bens, dos quais mais de R$ 60 milhões são em “quotas ou quinhões de capital”. Elé é dono do grupo Zema, que tem dezenas de lojas espalhadas pelo estado.
Parcelamento
O parcelamento de salários e os atrasos nos pagamentos vem sendo assunto constante na campanha. Desde fevereiro de 2016, o governador Fernando Pimentel (PT) adotou uma escala de pagamento, que teve os valores das parcelas reduzidos em junho deste ano. A segunda parcela deste mês ainda não terminou de ser paga.
Em entrevistas recentes, Pimentel diz que o cenário financeiro tem perspectivas de melhores e que pretende regularizar a situação. O candidato do PSDB ao governo, senador Antonio Anastasia (PSDB) também defende como proposta voltar a pagar os servidores no 5º dia útil, mas ainda não deu uma data para que isso se concretize.