O candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, defendeu uma atitude "firme" em relação à Venezuela. O candidato disse que é importante respeitar a soberania, mas que não é possível ajudar o regime de Nicolás Maduro.
"O Brasil tem uma política de respeito aos direitos humanos, mas por outro lado temos de defender os interesses da população de Roraima", afirmou durante coletiva com jornalistas na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
"Não podemos ajudar um regime que está criando essa tragédia humana, econômica e de toda ordem. Vamos trabalhar duro para ajudar a população da Venezuela nessa crise monumental, mas se organizando e não jogando essa carga na população de Roraima".
O candidato voltou a falar sobre a necessidade da aprovação da Reforma da Previdência e disse que chegou a realizar uma série de reuniões com políticos nos últimos anos sobre isso. Ele afirmou que acredita ser possível aprovar a medida no próximo governo.
Meirelles comentou sobre a greve dos caminhoneiros e afirmou que as medidas foram tomadas na época para conter a crise, mas afirmou ser a favor do livre mercado. "Tabelamento de preço nunca deu certo", disse.
O ex-ministro da Fazenda comentou também sobre a questão do porte de armas, em que a flexibilização das regras vigentes é amplamente defendida pelo seu concorrente Jair Bolsonaro (PSL). Meirelles afirmou ser contra e disse que é uma renúncia do poder e da obrigação do Estado, a quem compete a segurança pública. Segundo ele, distribuir armas à população como forma de combater a violência seria "voltar à situação de selvageria". Segundo ele, violência deve ser enfrentada com inteligência.
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