O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, exaltou a Segurança Pública de São Paulo após 20 anos de governo de seu partido no estado. Questionado por Renata Vasconcellos e William Bonner em entrevista, nesta quarta-feira, sobre as falhas na segurança pública e no crescimento e expansão da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o tucano preferiu apontar sua ‘linha de comando’ e chegou a dizer que mudará a lei caso assuma o Palácio do Planalto para acabar com as chamadas ‘saidinhas’ dos presos no país.
“A política de segurança pública de São Paulo é um exemplo. Temos os melhores policiais e a melhor polícia do Brasil. A melhor tecnologia. Tínhamos, em 2005, 13 mil assassinatos por ano. Reduzimos para 3.503, para 45 milhões de habitantes, no ano passado”, iniciou Alckmin.
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Corrupção e defesa de partidos do 'centrão' marcam entrevista de Alckmin ao JN Renata Vasconcellos confronta Geraldo Alckmin sobre aliança do PSDB com Collor em Alagoas“É inacreditável alguém dizer que 10 mil pessoas deixam de ser mortas por ano e que a proposta disso é o crime que fez”, respondeu o candidato do PSDB. Alckmin completou sua fala, dizendo que irá liderar a questão da segurança pública no país e que tentará a mudança na lei.
“Nós temos 228 mil presos em São Paulo.
Em São Paulo, os presos têm as saídas regulamentadas pelo Juiz Corregedor e concedidas nas seguintes datas: Natal/Ano Novo; Páscoa; Dia das Mães; Dia dos Pais; Finados.
Em janeiro deste ano, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo revelou que 96% dos presos que saíram para o feriado de Natal/Ano Novo voltaram após o tempo fora dos presídios - retornaram 31.991 dos 33.324. Ou seja, 1.333 foram considerados foragidos.
Em fevereiro, começou a tramitar o Projeto de Lei do Senado 31/2018, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que extingue as saídas temporárias de presos, também conhecidas como “saidões”. O PLS 31/2018 revoga os artigos e outros dispositivos da Lei de Execução Penal que tratam desse assunto, extinguindo, assim, a possibilidade da saída temporária..