O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta sexta-feira, por unanimidade, o registro da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. Todos os magistrados da Corte se posicionaram contra os pedidos de impugnação da chapa formada entre os tucanos e os partidos PTB, PP, PR, DEM, Solidariedade, PPS, PRB e PSD.
O pedido de contestação havia sido feito pela campanha do candidato do MDB, Henrique Meirelles, e sua coligação, formada por MDB e PHS. Meirelles questionou as atas entregues pelos partidos que integram a ampla coligação de apoio ao adversário tucano, ao argumentar que a formação da chapa não está explícita nesses documentos.
Diante disso, o MDB pediu que o TSE mantivesse na chapa tucana apenas os partidos PSD e PPS, além do PP, partido de sua vice, a senadora Ana Amélia (RS), para que o resultado do julgamento não "rachasse" a coligação de Alckmin. Caso o pedido de impugnação fosse aceito pelo TSE, a campanha do PSDB poderia perder 36% do seu tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.
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Acompanhe ao vivo julgamento do registro de Lula no TSE 'Vai dar crush em quem admira esse sujeito?', diz campanha de AlckminEm sua manifestação, a procuradora-geral eleitoral, Raquel Dodge, se posicionou contra a impugnação. Na avaliação de Dodge, não há irregularidades na formação da coligação do candidato. A manifestação da procuradora-geral eleitoral atendeu intimação do ministro relator Tarcisio Vieira, do TSE. Na semana passada, o ministro determinou que o Ministério Público Eleitoral enviasse parecer sobre a controvérsia.
Em seu voto, Vieira defendeu não haver "legitimidade" do MDB para impugnar a candidatura adversária, "salvo quando se tratar de fraude com impacto na lisura do pleito".
O ministro Edson Fachin divergiu do relator em relação à parte do argumento apresentado. Fachin defendeu que os partidos têm, sim, legitimidade para pedir impugnação no caso de "ilicitude". O magistrado reconheceu, inclusive, que "há falhas" no preenchimento das atas dos partidos. "Tenho para mim que a documentação não está completa e não atende o requisito de transparência", disse.
Apesar disso, Fachin acompanhou o relator quanto ao mérito. Ele sugeriu que a coligação tucana deve ser intimada a fazer uma retificação nas documentações, mas negou que esse pedido seja motivo para impugnar a aliança. "A conduta de todos os partidos políticos integrantes da coligação é coesa e aponta para uma aceitação tácita da coligação.
Na sessão também foi aprovado o registro da candidatura de José Maria Eymael, candidato à Presidência pela Democracia Cristã..