O candidato do PSDB ao governo de Minas, senador Antonio Anastasia, negou neste sábado, em Varginha, no Sul de Minas, que sua gestão à frente do Palácio da Liberdade tenha deixado um deficit de R$ 6 bilhões para o sucessor no cargo. No município, ele deu entrevista e participou da inauguração de um comitê do deputado Diego Andrade (PSD). O tucano voltou a acusar o atual governador Fernando Pimentel (PT) de ter levado Minas à bancarrota e prometeu empenho para voltar a pagar os servidores públicos e transferir recursos para os prefeitos em dia.
Em entrevista à EPTV, Anastasia garantiu que o buraco que deixou no orçamento foi de apenas R$ 2 bilhões, dentro de um orçamento de mais de R$ 70 bilhões. Segundo ele, Pimentel tem hoje um rombo de cerca de R$ 30 bilhões em um orçamento de cerca de R$ 90 bilhões. “As agências internacionais nos davam grau de investimento até março de 2015, depois disso veio a bancarrota”, disse.
Anastasia também respondeu sobre a extinção do fundo de previdência Fumpemg, em 2013, e negou que a medida adotada no seu governo tenha causado a dificuldade financeira que leva hoje o estado a atrasar salários. Segundo ele, o recurso foi juntado a outro fundo e usado para pagar aposentadorias.
“O atual governo é o governo das recalamações, das lamentações, não assume responsabilidade. A aparência que tem é que gosta de terceirizar a culpa de tudo, ora para o meu governo, ora é o governo federal, os caminhoneiros, os servidores, os prefeitos.
Anastasia também criticou a atual situação econômica do estado. Disse que as empresas estão fugindo de Minas porque há um ambiente hostil e afirmou que, se eleito, vai reduzir a burocracia para trazer mais investimentos. O tucano disse apostar nas parcerias público-privadas para garantir obras em rodovias, ferrovias e aeroportos. “Vamos ter de trabalhar com muita força e rapidez para devolver ao estado a credibilidade”, disse.
Anastasia disse que a prioridade será voltar a pagar os servidores no 5º dia útil e acabar com o que chama de “calote” nas prefeituras. O tucano afirmou que, em 2003, quando secretário de Planejamento e Gestão, acabou com o escalonamento e, a partir de 2016, o atual governo passou a “descumprir essa conquista do trabalhador”.