Brasília – As estratégias recursais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para continuar disputando como candidato nas eleições de outubro serão decididas na cadeia. O vice na chapa petista à Presidência da República, Fernando Haddad, irá, acompanhado de advogados, à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba amanhã traçar os rumos na corrida eleitoral. A palavra final ficará a cargo de Lula, que precisará tomar importantes decisões. Afinal, cada tática adotada pode se desdobrar em diferentes cenários. A dúvida é quais caminhos serão os mais eficientes para atingir o grande objetivo: ganhar tempo para construir uma narrativa que transfira o maior número possível de votos para Haddad.
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Lula já consta como candidato inapto no site do TSEColigação de Alckmin entra com ação no TSE contra Lula e PT de SPPT divulga carta de Lula ao povo pernambucanoPara candidatos, decisão do TSE sobre Lula dá mais clareza à disputa eleitoralA definição de quando substituir Lula por Haddad na chapa é uma das importantes decisões que o ex-presidente precisará tomar. O TSE estabeleceu um prazo de 10 dias contados a partir de ontem para fazer a troca. Aliados de Haddad defendem a alteração nos primeiros dias, mas a decisão pode ficar para 11 de setembro, admite Zarattini. “Ainda temos recursos a apresentar. Vamos ver como que tudo vai se desenvolver ao longo desse tempo. Pode ser que 10 dias sejam um prazo longo e tenhamos sucesso em nossa apelação”, destaca.
Enquanto Lula não bate o martelo, o PT adota uma tática de afrontamento.
O sociólogo e cientista político Paulo Baía, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem avaliação diferente. “O PT adotou uma estratégia eminentemente de risco desde o início, mas que deu certo até agora. Ele aparece em primeiro lugar nas pesquisas e, quando sai do cenário, Haddad aparece com 4%.
Liminar
No início ou no fim, os 10 dias serão cumpridos à risca pelo PT, sob risco de ser eliminado das eleições, confia o especialista em direito eleitoral João da Fontoura, sócio do Bornholdt Advogados e professor da Universidade de Joinville (Univille). “O descumprimento de uma decisão judicial tiraria toda a coligação do pleito. E aí, todo o tempo de televisão seria redistribuído”, afirma. Em caso de vitória recursal no STF, o TSE seria obrigado a recolocar Lula como o cabeça da chapa.
O PT, no entanto, vai lutar contra o tempo por esse sucesso. O prazo para o TSE programar as urnas com os nomes dos candidatos se encerra em 17 de setembro e para, Fontoura, é remota a possibilidade de o partido conseguir alguma vitória. Ainda que por meio de liminar do STF, que é a melhor estratégia a ser adotada, avalia o especialista em direito constitucional e eleitoral Marcellus Ferreira Pinto, do Nelson Wilians & Advogados Associados.
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