O indeferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva animou a campanha do PDT em São Paulo. Aliados do presidenciável Ciro Gomes (PDT) acreditam que ele pode abocanhar boa parcela do eleitorado simpático a Lula no Estado apostando no argumento de que, com Fernando Haddad, possível substituto do PT na disputa, as decisões de um governo seriam tomadas de dentro da prisão, em Curitiba, onde Lula está desde abril. "Ciro se torna uma alternativa segura para o eleitor. A chamada união da esquerda, que tentamos no primeiro turno, pode se dar agora de forma forçada", disse ao Broadcast Político o candidato do PDT ao governo de São Paulo, Marcelo Cândido.
O candidato ao Senado Antonio Neto (PDT) acrescentou: "Agora que as coisas ficam mais claras, a possibilidade de Ciro cresce muito em São Paulo. O eleitor pensa em votar em alguém que não tenha que viajar a Curitiba para tomar decisões."
O partido aposta ainda na rejeição a Haddad, ex-prefeito da capital paulista, para atrair parte dos votos do PT no Estado. "Isso ajuda. Ciro conversa com esse eleitor simpático ao PT mas também tem críticas ao ex-presidente", comentou Neto.
A tese havia sido admitida pela candidata a vice na chapa de Ciro, Kátia Abreu. "Nós estamos nos dedicando muito em São Paulo, porque avaliamos que há pessoas que já votaram no PT e não querem o Haddad. E não querem o (Geraldo) Alckmin. Então nós temos de buscar, sensibilizar", afirmou a vice ao Broadcast Político na última semana.
Neste domingo, 2, Ciro faz campanha em Jundiaí (SP), na Associação dos Aposentados e Pensionistas do município, ao lado de candidatos do PDT em São Paulo.
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