O governador Fernando Pimentel (PT) afirmou na manhã deste domingo (2) que vai manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como foco de sua campanha ao governo de Minas, mesmo depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar a candidatura dele ao Palácio do Planalto. O petista participou de um ato de resistência no Centro de Belo Horizonte, ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff, que tenta uma vaga no Senado.
“Lula sempre vai estar presente em qualquer campanha que fizermos. Ele é o grande personagem desta eleição e vai ser presidente ou eleger o próximo presidente. Quem está dizendo isso é o povo brasileiro”, afirmou Pimentel.
Pimentel disse que o nome de sua campanha é "Lula livre" e que o objetivo é derrotar os tucanos e golpistas.
O governador classificou de “golpe” a decisão do TSE de não permitir que Lula seja candidato, com base na Lei a Ficha Limpa. Pela legislação, quem é condenado em segunda instância não pode disputar eleições.
Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba pela condenação no caso do triplex no Guarujá. Pimentel repetiu o argumento que vem sendo usado pelo PT, de que a Organização das Nações Unidas determinou que Lula deve concorrer até que seu caso seja julgado em definitivo. Tal medida trata-se de uma recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU. Para Pimentel, o TSE desrespeitou a ONU e “praticou mais essa arbitrariedade contra o presidente Lula”.
Com Haddad
Diferentemente do próprio ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que se recusa a admitir publicamente que vá substituir Lula na chapa, Pimentel afirmou que o PT vai prosseguir na luta com o vice.
“Nosso vice está preparado pra a qualquer momento assumir a cabeça da chapa, quando for necessário. Vamos prosseguir na luta e na resistência apoiando a chapa Lula Haddad, nessa ordem, ou Haddad Manuela, se for impossível registrar a candidatura (de Lula).”
Dilma relembrou o seu impeachment, dizendo que na sexta-feira dia 31 de agosto se completaram dois anos do dia que desceu a rampa do Planalto. Segundo a ex-presidente, o TSE praticou mais um golpe contra Lula, no mesmo dia deste ano, ao impedir que ele seja candidato, “apesar de um claro posicionamento da ONU”.
“Estamos aqui para dizer a vocês, nossa campanha vai ter Lula Livre, vote 13 presidente Lula Livre”, afirmou.