Jornal Estado de Minas

Em campanha em BH, Amoedo diz que não quer 'roubar' voto de adversários com ataques


Com uma média de 4% das intenções de votos nas pesquisas de opinião, o candidato a presidente da República pelo Novo, João Amoedo, espera conquistar boa parte dos 40% de eleitores que ainda estão indecisos para chegar ao segundo turno das eleições.




“É para essas pessoas desiludidas com a política que nós queremos falar. E não temos o objetivo de roubar voto de nenhum candidato atacando”, afirmou o presidenciável, que tem apenas 5 segundos na propaganda de rádio e televisão.

O Novo foi um dos partidos que recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral contra a candidatura a presidente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Depois da decisão dos ministros de barrar o nome de Lula nas urnas, o partido ainda requereu a retirada do ar de propagandas que tenham a participação do petista. 

Segundo Amoedo, o PT estaria tentando “confundir” o eleitor, já que o petista foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção no caso do triplex, e por isso, não poderá disputar as eleições de outubro.



“O PT quer se aproveitar da falta de informação para dar ideia que o Lula seria elegível”, reclamou.

Caso eleito em outubro, Amoedo disse que quer “devolver o poder para as pessoas” e negou a possibilidade de aumentar impostos para cobrir o déficit público.

Para bancar gastos com a educação, por exemplo, a proposta do Novo é usar recursos do Fundeb para um programa de bolsas de estudo para a população mais carente. “Mas claro que o esforço maior é melhorar o ensino público”, afirmou o presidenciável.

Ele lamentou o endividamento “crônico” de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e prometeu maior autonomia para estados e municípios caso seja eleito.

“Vamos ajudar os estados, mas eles também têm que fazer o dever de casa para ter um desempenho melhor que o atual”, completou.

Amoedo está em Belo Horizonte para participar de um evento de seu partido na noite desta segunda-feira, com os candidatos ao governo, Romeu Zema, a senador, Rodrigo Paiva, e deputados estaduais e federais.

À tarde, ele ainda recebeu o prêmio Liberdade, concedido pelo Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte (IFL-BH) para personalidades de destaque na sociedade.



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