O senador Antonio Anastasia (PSDB) e o governador Fernando Pimentel (PT) voltaram a trocar acusações ontem na disputa pelo governo do estado. Anastasia acusou ontem o petista de promover “retrocesso” no estado e desrespeitar o funcionalismo público ao diferenciar categorias no parcelamento de salários e atrasar o pagamento. O tucano se reuniu com representantes de sindicatos, dos quais recebeu lista de reivindicações encabeçada por pedido para a pagar no quinto dia útil, se eleito. Ele se comprometeu a ser transparente e realista. A reunião foi a convite do Sindicato os Trabalhadores no Serviço Público de Minas Gerais (Sindpúblicos), que comandou a pauta de reivindicações.
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Pimentel cita polarização política e convoca militância a 'apoiar seu time'Anastasia se reúne com servidores e cobra Pimentel por atrasos: 'Custa avisar?'Pimentel e Anastasia trocam acusações sobre crise financeira em MGCandidatos ao governo de Minas ignoram debate em colégio de BHAnastasia novamente prometeu voltar a pagar no 5º dia útil, mas avisou que isso pode demorar de um a dois anos para ocorrer. “É impossível dar um prazo”, disse. Questionado sobre a diferenciação feita na escala atualmente, já que categorias recebem valores de parcelas diferentes e os aposentados recebem por último, o candidato do PSDB afirmou que, se eleito, adotará o tratamento “isonômico” entre os servidores. “Se há uma dificuldade grande, todos devem participar da solução de modo solidário”, disse.
JOVENS Pimentel fez campanha no Barreiro ontem à noite. Evocando a polarização entre PT e PSDB, ele convocou a juventude a apoiar “seu time”, em discurso rápido para centenas de pessoas na Praça Domingos Gatti. Durante sua fala, no palco onde toda quarta-feira jovens cantam, improvisam e duelam em batalhas de hip-hop, Pimentel tentou aproximar seu discurso ao público e chegou a repetir em coro o bordão local: “Toda quarta é quem? Toda quarta é nós.”
O petista citou que o “lado de lá”, se referindo à campanha de Anastasia, é o de Aécio Neves e do PSDB, lembrando que o partido rival apoiou o impeachment de Dilma Rousseff.