O homem que esfaqueou o candidato a presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL), na tarde desta quinta-feira foi identificado. Trata-se de Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, solteiro, mineiro de Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo a Polícia Militar, ele confessou o ataque e foi preso em flagrante. Nas redes sociais, ele mistura publicações desconexas com ataques à direita e conspirações contra a maçonaria.
Nas redes sociais, Adelio já publicou fotos em atos políticos contrários ao presidente Michel Temer (MDB). Em outra imagem postada por ele, jovens utilizam camisas em apoio ao ex-presidente Lula. Em várias publicações no Facebook entre maio e agosto deste ano, são recorrentes os ataques de Adelio à maçonaria, nos quais ele ironiza práticas e símbolos maçons. Em alguns post com vídeos e notícias sobre a maçonaria, ele fala sobre "conspiração maçonica contra o estado brasileiro" e "direita maçonica".
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Em seu último post, de 3 de agosto, Adelio comentou matéria de portal de notícias de Santa Catarina sobre o perfil dos eleitores daquele estado.
Adelio foi detido por populares logo depois do ataque a Bolsonaro. Um militar que fez a prisão do homem informou, em conversa à imprensa, que ele negou ser de qualquer partido político. "Alegou que não tem nenhuma filiação partidária. Disse que foi questões pessoais dele contra o Bolsonaro", afirmou.
Logo depois das agressões, Adelio foi detido por populares que tentaram linchá-lo. "Ele sofreu agressões dos simpatizantes do candidato. Para garantir a segurança dos policiais e do próprio autor da tentativa de homicídio, tivemos que usar spray de pimenta para evitar a aglomeração de pessoas", informou o policial. O homem foi detido e encaminhado para a delegacia da Polícia Federal (PF).
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
Adelio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira (6), em Juiz de Fora foi filiado ao Psol, entre maio de 2007 e dezembro de 2014. Tanto o partido quando o TSE confiram a informação
A Executiva Nacional do partido repudiou, em nota, o atentado sofrido pelo militar e cobrou que as autoridades apliquem as “medidas cabíveis contra o autor”. “Configura um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral”, diz a nota.