A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar as circunstâncias do ataque ao candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata. O agressor, identificado como Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi detido por populares e encaminhado para a Delegacia da PF na cidade.
Bolsonaro foi atacado enquanto era carregado por apoiadores durante caminhada na região central de Juiz de Fora, entre as ruas Halfeld e Batista de Oliveira. De acordo com informações do deputado mineiro Léo Portela (PRB), o presidenciável foi atingido no fígado e na alça do intestino. Ele está sendo operado na Santa Casa de Juiz de Fora.
Por meio de nota, a PF informou que o candidato contava com escolta de policiais federais quando foi atingido por uma faca. “O agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato”, afirmou no documento.
O agressor foi preso logo depois do ataque. De acordo com a PM, Adelio foi detido por populares. O objeto usado por ele para atacar o candidato não foi encontrado. Um militar que fez a prisão do homem informou, em conversa à imprensa, que ele negou ser de qualquer partido político. “Alegou que não tem nenhuma filiação partidária. Disse que foi questões pessoais dele contra o Bolsonaro”, afirmou.
Logo depois das agressões, Adélio foi detido por populares que tentaram linchá-lo. “Ele sofreu agressões dos simpatizantes do candidato. Para garantir a segurança dos policiais e do próprio autor da tentativa de homicídio, tivemos que usar spray de pimenta para evitar a aglomeração de pessoas”, informou o policial. O homem foi detido e encaminhado para a delegacia da Polícia Federal (PF).
Perfil
Adelio é solteiro, mineiro de Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo a Polícia Militar, ele confessou o ataque e foi preso em flagrante. Nas redes sociais, ele mistura publicações desconexas com ataques à direita e conspirações contra a maçonaria.
O homem já publicou fotos em atos políticos contrários ao presidente Michel Temer (PMDB). Em outra imagem postada por ele, jovens utilizam camisas em apoio ao ex-presidente Lula. Em várias publicações no Facebook entre maio e agosto deste ano, são recorrentes os ataques de Adelio à maçonaria, nos quais ele ironiza práticas e símbolos maçons. Em alguns post com vídeos e notícias sobre a maçonaria, ele fala sobre "conspiração maçonica contra o estado brasileiro" e "direita maçonica".
O candidato Jair Bolsonaro também é alvo recorrente de publicações e críticas em publicações feitas por Adelio, que tinha até a tarde de ontem cerca de 260 seguidores e pouco mais de 1 mil amigos no Facebook. Logo após a Polícia Militar confirmar a identidade do autor do ataque, a página de Adelio no Facebook foi alvo de dezenas de comentários contra ele.
Em seu último post, de 3 de agosto, Adelio comentou matéria de portal de notícias de Santa Catarina sobre o perfil dos eleitores daquele estado.