Desde as eleições de 2014, o Twitter não via tamanha concentração de debate. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas apontou o ataque ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) como o evento brasileiro de maior repercussão imediatada na rede social desde aquele pleito. Das 16h de quinta-feira (6) às 10h desta sexta (7), a FGV DAPP identificou 3,2 milhões de referências sobre o ataque.
Detalhes sobre como cinco principais grupos se engajaram no debate surge dessa análise de 1.702.949 retuítes entre a tarde de quinta e a manhã de sexta. O maior desses grupos, de acordo com a FGV DAAP agregou 40,5% dos perfis: esses perfis tratam o ataque como uma “fake facada”, questionam a veracidade do ocorrido e ironizam as críticas da direita à falta de empatia da esquerda. No diagrama, esse grupo aparece na cor laranja.
Em seguida, 12,7% dos perfis demonstram apoio a Bolsonaro, desejam a recuperação e vitória nas eleições (no diagrama aparece na cor azul). O grupo rosa (9,8% dos perfis) compartilha mensagens de solidariedade a Bolsonaro de candidatos à esquerda, como Ciro Gomes e Haddad.
O grupo verde agregou 8,7% dos perfis e critica quem comemora o ataque a Bolsonaro, uma vez que esta atitude mostra que não seriam diferentes em nada do candidato à Presidência.
O grupo roxo uniu 7% dos perfis em debate: em geral, são perfis de direita que criticam as suspeitas da esquerda quanto à veracidade do ataque e também a felicidade de alguns com a situação. O grupo demonstra solidariedade a Bolsonaro, mas não apoio necessariamente a sua vitória.
A Diretoria de Análise de Políticas Públicas é um centro de pesquisa social aplicada da Fundação Getulio Vargas, que tem o objetivo de promover a inovação para políticas públicas por meio do uso de tecnologia, transparência e análise de dados.