A defesa de Adélio Bispo de Oliveira, acusado de ter atacado o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) à faca, sustenta que ele agiu sozinho e por motivação política. Dentre os motivos estaria o "discurso de ódio" do deputado federal e candidato à Presidência. A afirmação foi feita durante audiência de custódia que definiu que Oliveira será transferido para um presídio federal.
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Desconfiança, silêncio e até festa marcam local em que Bolsonaro foi esfaqueado"Foi premeditado", diz Flávio Bolsonaro sobre ataque ao pai em Juiz de ForaAtaque a Bolsonaro: como a internet reagiu à maior concentração de debate desde 2014Homem que esfaqueou Bolsonaro pregava paz e salvação'Palavra de ordem agora é reduzir as tensões', diz vice de Bolsonaro Agressor de Bolsonaro deve ser transferido para presídio federal de Campo GrandeOs advogados dizem que o enquadramento na Lei de Segurança Nacional e a transferência para um presídio federal foram corretos, mas afirmam que há "atenuantes" que deverão ser levados em conta ao longo do processo. Um deles seria uma possível condição de insanidade mental.
"Nós queremos analisar o estado da psique do nosso constituinte, mas nós já estamos numa situação 'confortável'. Nosso constituinte é confesso.
Segundo o advogado, até mesmo a motivação política do atentado serviria como atenuante. "A própria motivação política, o próprio discurso de ódio da vítima. Ele (Bolsonaro) trazia, até como meta de campanha... Nosso constituinte (Adélio) é negro, se considera um negro, e aquela declaração de que um negro não serviria sequer pra procriar atingiu de uma forma avassaladora a psique de nosso constituinte", afirmou o advogado Oliveira Júnior, citando fala de Jair Bolsonaro em palestra na Hebraica do Rio, em 2017. A declaração foi motivo de pedido de processo por parte da Procuradoria Geral da República.
"O discurso foi o combustível. Se tudo na vida existe uma causa, um porquê, esse discurso do candidato, da vítima, é que desencadeou essa atitude extremada do nosso cliente", insistiu o advogado..