Marcelo descartou qualquer participação de igrejas no caso, embora o acusado tenha dito que agira a mando de Deus. “O caso não é de ódio religioso, é um viés político. Adelio usou essa frase como uma metáfora para falar de Jair Bolsonaro, que, na opinião dele, é lobo em pele de cordeiro e uma ovelha negra do rebanho. Disse ainda que não concorda com as ideias políticas do presidenciável, principalmente em relação aos negros e quilombolas”.
Ressaltando que o discurso do acusado é de ódio contra o candidato e suas ideias, Marcelo afirmou ainda que Adélio se mostrava irritado, ontem, na audiência de custódia, com o que considera uma apropriação de projetos pessoais. “Ele disse que Bolsonaro se apropriou de propostas deles. Todo esse ódio foi germinando nele, que é muito inteligente, bem articulado e tem conhecimento político”. O advogado aproveitou para informar que Adélio não tem curso superior – pedagogia – conforme fora divulgado.
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A defesa de Adelio chegou a afirma que é paga por uma congregação religiosa de Montes Claros, no Norte de Minas. O nome da igreja, entretanto, foi mantida em sigilo.
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