Jornal Estado de Minas

STF retoma julgamento de ação que denuncia Bolsonaro por racismo

 

 Está marcado para esta terça-feira (11) o a retomada do julgamento, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), do recebimento ou não da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) pelo crime de racismo.

O julgamento foi interrompido no último dia 28 com o pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

Caberá aos cinco ministros da Primeira Turma do STF - colegiado composto por Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux - decidir se abrem ou não uma ação penal para investigar Bolsonaro por racismo.

Em abril deste ano, a PGR encaminhou ao STF uma denúncia contra Bolsonaro pelo crime de racismo, sob a alegação de que em palestra realizada no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, o parlamentar "se manifestou de modo negativo e discriminatório sobre quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs".

Na palestra, Bolsonaro disse: "Alguém já viu um japonês pedindo esmola por aí? Porque é uma raça que tem vergonha na cara. Não é igual essa raça que tá aí embaixo ou como uma minoria tá ruminando aqui do lado." Na ocasião, o parlamentar também afirmou que visitou um quilombola em Eldorado Paulista, onde "o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais. Mais de um bilhão de reais por ano gastado com eles."

Estupro

Bolsonaro já é réu no STF pelos crimes de injúria e incitação ao crime de estupro.
Em 2014, Bolsonaro declarou que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), porque ela não merecia por ser "muito feia" e não fazer seu "gênero".

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