Os filhos do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, Flávio e Eduardo, se reuniram na tarde desta segunda-feira, 10, na sede da Polícia Federal, em Brasília, com o diretor-geral da corporação Rogério Galloro. No encontro, ficou acertado que o andamento das investigações sobre o atentado sofrido pelo presidenciável e uma análise de risco vão definir a possibilidade de estender para membros da família a escolta que o candidato recebe da PF.
Segundo os filhos, o PSL, partido de Bolsonaro, vai oficializar um questionamento sobre o risco de segurança de cada integrante da família levando em conta as investigações. "A gente confia muito na Polícia Federal e essa análise de risco será feita por eles", disse Flávio Bolsonaro.
Até o momento, a PF ampliou a segurança de todos os candidatos à Presidência. A partir de agora, o número de policiais na escolta de cada concorrente passará de 21 para 25. Por ser deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) poderá contar com a escolta fornecida pela Câmara dos Deputados, que tem sua polícia legislativa. Flávio, por sua vez, que é deputado estadual no Rio de Janeiro e disputa uma vaga no Senado, avalia com representantes da Secretaria de Segurança Pública do Rio a viabilidade de uma escola.
Na saída do encontro com o diretor da PF, de forma diplomática, os filhos de Bolsonaro disseram que confiam no trabalho da corporação e que vão aguardar o término da apuração. "A escolta está sendo feita dentro de um profissionalismo. Se não fosse a agilidade da escolta da PF, o Jair poderia não ter suportado.
Questionado sobre se houve alguma falha por parte da escolta no dia do atentado, Eduardo disse que toda polícia trabalha com redução de riscos e que "risco zero" não existe quando se trata de autoridades e políticos.
Sobre boatos que circulam na internet e versões de que Adélio Bispo de Oliveira não teria atuado sozinho, os filhos do candidato disseram que é preciso esperar a investigação da PF. "Enquanto não se chega a uma conclusão ou algo mais transparente, é óbvio que a tendência de todos é reforçar a segurança. Não sabemos se houve uma articulação, envolvimento político, se foi um lobo solitário ou um louco", disse Eduardo..