Jornal Estado de Minas

Entrevista/Claudiney Dulin

"Vou governar com diálogo", diz candidato do Avante ao governo de Minas


O senhor vem se apresentando como o “novo na política”. Mas, apesar de nunca ter exercido nenhum cargo eletivo, já foi assessor parlamentar, ouvidor do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), além de ter trabalhado na Urbel e ter sido secretário durante o governo do ex-prefeito Marcio Lacerda, cargos que exerceu por indicação política. O que há de novidade na sua forma de fazer política?
Sempre nos propusemos a colaborar com as gestões. Nunca nos furtamos nesses direitos e deveres. Mas sempre participamos com cargos muito frágeis. No DER, ocupamos a Ouvidoria por oito meses, não é um cargo de gestão da máquina pública. No governo Lacerda, tentamos ajudar, fizemos bom trabalho na Regional Nordeste e Venda Nova, onde fui secretário-adjunto por três anos. Sou dirigente do meu partido, não entrei para ser mais um, sempre quis exercer protagonismo.

O problema é que esse sistema de governo se distanciou das pessoas. E nós entendemos isso com muita clareza. Estamos propondo um governo próximo, visitando, dialogando. Os governos de Minas são palacianos, de gabinete. Queremos dar uma gestão participativa.

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Se eleito, qual será o destino da Cidade Administrativa no seu governo?
Não tinha necessidade da construção da Cidade Administrativa. Foram R$ 2 bilhões, R$ 120 milhões por ano de custeio, num estado que está na crise não faz o menor sentido. A Cidade Administrativa faz parte dessa crise.
Não vou governar da Cidade Administrativa, não vou morar em palácio. Isso é um absurdo. A Cidade Administrativa não é sede de governo no meu governo. Vamos tentar parceria pela inciativa privada e vamos acabar com ela do ponto de vista de coisa pública para dar outra destinação, um polo tecnológico.

Onde funcionarão as secretarias?
Voltam para onde estavam. Se não voltar, vamos realocar. O que tem prédio do governo federal parado... Minas Gerais é uma imobiliária, tem patrimônio.
Tem que fazer levantamento patrimonial de Minas Gerais. É um absurdo o que tem de patrimônio. Tem estádios, parques. Não sabe o que tem e está pagando custeio disso. Vamos ocupar esses espaços se for necessário. Vender alguns e dar outros como garantia, mas temos que equalizar as contas do estado e a Cidade Administrativa não cabe nisso.

O senhor tem falado em pôr salários do funcionalismo em dia em 2019, sendo que o parcelamento já se arrasta por três anos. Em um ano, o que o senhor fará para alcançar essa meta?
Não tem mágica. O primeiro é um encontro de contas da União com Estado. Tem que abrir essa caixa-preta. Não sabemos qual é o valor da dívida.
Não se sabe. Vamos fazer esse encontro de contas no diálogo, não é com briga. Vamos abaixar para 15 o número de secretarias sem abandonar as políticas públicas que já são existentes. Vamos cortar 35% dos cargos focados nas assessorias que não funcionam, que não comparecem ao trabalho. O primeiro ato de governo será a auditoria, o corte de cargos de confiança. O encontro de contas, o corte das secretarias.

Sabatina

 

Confira as próximas entrevistas com os candidatos ao governo de Minas

 

  • HOJE  Adalclever Lopes às 14h
  • QUINTA Pimentel às 14h e Dirlene às 17h
  • SEXTA Anastasia às 14h e Romeu Zema às 17h
  • DIA 19 Alexandre Flach às 14h e Jordano Metalúrgico às 17h


 

 

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