A candidata a presidente pela Rede, Marina Silva afirmou na manhã desta quarta-feira (12), em Belo Horizonte, que uma das principais propostas do adversário Jair Bolsonaro (PSL) – a de liberar armas para a população – foi “desmoralizada” com o atentado que ele sofreu em Juiz de Fora.
Ao fazer caminhada no Centro e no Mercado Central, a ex-senadora respondeu com sorrisos e corações às provocações de pessoas que diziam ser eleitores de Bolsonaro.
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Fake news e Bolsonaro
Marina faria caminhada da Praça Sete ao Mercado Central, mas diante da grande aglomeração de pessoas, a equipe de campanha preferiu que ela fosse de van após uma pequena caminhada na Avenida Amazonas. Acompanhavam a comitiva da candidata 10 policiais federais à paisana.
Em uma feira que entrou, uma mulher disse que era eleitora de Bolsonaro e que não votaria em Marina por saber que o marido dela teria matado alguém. A candidata explicou à mulher que a abordou que ela deve ter acreditado em uma notícia falsa e, em seguida, a abraçou.
Já no Mercado Central, alguns gritaram o nome do candidato do PSL enquanto a comitiva da candidata passava.
Haddad
Marina também comentou a entrada do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) na campanha, no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, agora a eleição com todos os candidatos começa.
“O candidato Haddad vai ter que responder para a população por que nos anos de governo Dilma / Temer o Brasil acabou com as coisas boas que o governo do PT tinha feito e aumentou as coisas erradas que fez, sobretudo no caso da corrupção. Por que se tinha pleno emprego e agora são 13 milhões de desempregados?”, disse.
Contra marqueteiros
A candida refutou a hipótese de não estar no segundo turno das eleições, ao ser questionada sobre quem apoiaria neste caso. “Estarei no segundo turno com a consciência do povo brasileiro de que o dinheiro, a mentira dos marqueteiros, não vai vencer essas eleições.”
Questionada sobre a atuação em relação a Minas Gerais, Marina prometeu um tratamento igualitário aos estados, independente do partido dos governadores. “Terei uma postura totalmente diferente dos governos do PT, MDB e PSDB. Vou governar com todas as pessoas, independente do partido daquele estado ou município. Quem tiver projetos honestos e competentes terá o apoio do governo federal”, disse. .