Única a participar do debate no Colégio Batista Mineiro na manhã desta quinta-feira (13), a economista e professora aposentada Dirlene Marques chamou os alunos do ensino médio a participarem da próxima Marcha da Maconha em Belo Horizonte. O polêmico “convite” foi feito quando ela respondia a uma pergunta sobre a composição do comando da Polícia Militar em seu eventual governo.
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O mediador pediu silêncio e retornou a palavra para Dirlene, que convidou: “Estou aqui, exatamente isso, convidando que vocês possam participar, porque foi o movimento popular mais popular que eu já vi. Lá estava a juventude pobre e negra, e não os de classe média, porque a classe média usa também a maconha, mas não são presos por causa disso. Os pobres usam e são presos e criminalizados e jogados (na prisão), essa é a discussão que temos que fazer com vocês aqui, em especial”, disse.
O debate foi transmitido em tempo real pelo Facebook e comentado pelos alunos no Twitter. O momento em que Dirlene fala sobre a maconha começa depois dos 19 minutos de vídeo.
Dirlene também disse concordar com a vice de Jordano Metalúrgico sobre a necessidade de desmilitarização da polícia e defendeu o esvaziamento das cadeias abarrotadas.
“As pessoas são jogadas ali para serem tratadas como lixo e não com o objetivo de recuperação. Temos que pegar aquela percentagem, que varia de 40% a 45% de pessoas que estão ali e sequer passaram por um julgamento, e isso implica uma força -tarefa do Judiciário”, disse.
Valores cristãos
Em nota, o Colégio Batista disse que não compactua com práticas que não reflitam os valores cristãos, mas respeita pessoas que pensam de forma diferente. Leia o texto integral:
"Desde 1918, o Colégio Batista Mineiro possui sua ação educacional orientada pelos valores cristãos. Em vista disso, a escola tem respeito pelas pessoas que pensam de forma diferente, ao mesmo tempo em que não compactua com nenhum tipo de prática ou ideologia que não possuam como base os princípios éticos e morais da fé cristã.