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Romeu Zema promete enxugar a máquina pública e detalha privatizações em Minas; veja entrevista

O candidato Romeu Zema (Novo) afirmou que vai conversar, caso eleito governador, com cada deputado estadual na tentativa de aprovar as primeiras medidas de sua administração para controlar a crise financeira em Minas. Em entrevista ao Estado de MInas e Portal Uai, o empresário estipulou meta de dois anos para o pagamento dos servidores e definiu como irá atrair recursos, além de detalhar possíveis privatizações nas empresas estatais.

Zema, 53 anos, nascido em Araxá, no Alto Paranaíba, é empresário do setor varejista, com 440 lojas no interior do estado e mais 360 postos para venda de combustível. Ele disputa uma eleição pela primeira vez. Segundo ele, tão logo assuma o Palácio da Liberdade, a primeira medida de seu governo será diminuir as despesas do estado. Para o candidato, iniciando assim sua administração, o caminho para o pagamento dos servidores estará melhor pavimentado.

“A primeira medida é reduzir despesas. Isso vai ser feito numa escala como nunca foi feito e ainda vai ser insuficiente para ajustarmos a situação. Vamos ajustar as atuais secretarias para oito, reduzir cargos comissionados, lembrando que Minas virou um verdadeiro cabide de emprego e renegociar com a União a dívida do estado”, definiu.

Zema ainda ressaltou que somente essas primeiras medidas não serão suficientes para que as contas deixem de fechar no vermelho. “Mesmo fazendo tudo isso, não vamos conseguir equilibrar as contas.
Isso é o mais grave. Vamos ter de jogar em outras área, incentivar e atrair novos investimentos. Minas é o estado que mais maltrata quem investe e gera emprego. Vamos aumentar a arrecadação sem aumentar impostos. Atraindo investimentos parando de atrapalhar quem investe. Vamos ainda ter de rever privilégios”, apontou.



Para aprovar tais medidas, Zema afirmou que vai procurar os deputados estaduais para mostrar os planos de governo e, caso necessário, também contará com os servidores para ajudar no convencimento da Assembleia Legislativa.

“O legislativo hoje é mal conduzido no aspecto de não articular com o executivo. Não dialogam, não têm proximidade.
Eu sempre fui muito aberto ao diálogo e quero conversar com cada um dos 77 deputados estaduais, mostrar as dificuldades e nosso plano. Sei que muitos não vão aderir, mas esse trabalho, como nunca foi feito, vai ser. Vou chamar as entidades de classe e ir lá conversar com os que se negarem a adotar as medidas que precisamos”, projetou.

Privatizações

Romeu Zema também detalhou como pretende privatizar setores do governo e empresas estatais para conseguir recursos sem deixar de gerar benefícios para a população. O candidato do Novo apresentou propostas para as áreas da saúde e da educação e segurança pública. “Na área de segurança nunca. Ela tem que ser privativa do estado. Presídio sim (pretendo privatizar), polícia nas ruas não”, disse.

“Vamos (privatizar estatais). Todas, exceto a Codemig.
Exatamente a que o atual governador quer privatizar. No caso da Cemig, em que é possível fatiá-la, para haver concorrência. Em vez de ter uma operadora, eu quero que os consumidores possam escolher entre três ou quatro. Igual é com celular, você podendo escolher o plano de energia que quer na sua casa” finalizou..