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Estado de Minas

Bolsonaro critica Lula e Haddad no primeiro pronunciamento depois de facada

O candidato do PSL foi liberado pelos médicos a fazer uma transmissão ao vivo em sua página do Facebook. Ele continua internado no hospital Albert Einstein


postado em 16/09/2018 17:39 / atualizado em 16/09/2018 18:22

Bolsonaro falou que pretende estar em casa, na semana que vem, e conversar todas a noites com os eleitores(foto: Reprodução/Facebook)
Bolsonaro falou que pretende estar em casa, na semana que vem, e conversar todas a noites com os eleitores (foto: Reprodução/Facebook)

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) critica o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu substituto na disputa pelo Palácio do Planalto, Fernando Haddad (PT), em seu primeiro pronunciamento depois do ataque em que foi esfaqueado, no último dia 6, durante ato de campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O deputado sugere uma possível fraude no processo eleitoral deste ano, questionando o voto eletrônico.

Bolsonaro fez transmissão ao vivo em sua página no Facebook do leito da unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na tarde deste domingo. Quase 250 mil pessoas acompanharam o pronunciamento, que foi autorizado pelos médicos e durou cerca de 18 minutos.

O candidato chorou e, inicialmente, agradeceu o apoio de seus eleitores. Mandou também um abraço à Juiz de Fora, em especial à equipe que o atendeu, na Santa Casa do município. “Fui muito bem atendido na Santa Casa local, sabemos o trabalho maravilhoso que as Santa Casas fazem no Brasil. Vocês salvaram a minha vida. Estou em São Paulo, com uma facada”, conta.

Bolsonaro criticou o voto eletrônico, colocando em xeque o resultado da eleição e falou sobre sua tentativa de retornar o voto impresso no Brasil, iniciativa dele que, de acordo com o deputado, foi vetada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Bolsonaro, neste momento, o que está em jogo não é o futuro dele, mas dos mais de 200 milhões de brasileiros. “Está em jogo no momento o futuro de todos você, até você eque apoia o PT, você é um ser humano também. Vejo muito petista mudando de lado. Isso no Brasil é o jogo do poder. O dominio de uma nação”, disse.

Ele se referiu à Lula como “o presidiário lá de Curitiba” e afirmou que, se eleito presidente, Fernando Haddad (PT), que assumiu o lugar do ex-presidente na chapa do PT iria soltá-lo e indicá-lo como ministro. “Haddad eleito presidente assina no mesmo minuto da posse o indulto de Lula e, no minuto seguinte, nomea-o chefe da Casa Civil”, afirma.

O candidato sugere uma possível fraude nas eleições de 2018 e cita também a pesquisa Datafolha, que aponta que Bolsonaro, líder nas intenções de voto e também em rejeição, perderia o segundo turno na disputa com todos os demais candidatos. “A narrativa agora é que eu perderia no segundo turno para qualquer um. A grande narrativa não é perder no voto, é perder na fraude. (…) Pode ser que em 2018 teremos o voto fraudado para presidente”, diz.

O candidato pediu para que os internautas se colocassem no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. "Se você não tentou fugir, com tudo ao teu lado, obviamente que tem um plano B. Qual é o plano B desse presidiário, desse homem pobre lá atrás que roubou toda nossa esperança? Não consigo pensar em outra coisa a não ser um plano B se materializar numa fraude favorável ao Lula."

O candidato também aproveitou para explicar o ataque. “Tinha achado que tinha sido um soco apenas na boca do estômago. O tempo foi passando e vimos que foi algo mais grave. (…) A cirurgia de emergência durou aproximadamente três horas, onde dois litros de sague foram drenados”, explica. Bolsonaro espera receber alta em uma semana e disse que, de casa, pretende conversar todas as noites com os eleitores.


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