Vice na chapa de Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta segunda-feira, 17, em São Paulo, que famílias pobres "onde não há pai e avô, mas, sim, mãe e avó" são "fábricas de desajustados" que fornecem mão de obra ao narcotráfico.
"A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas, sim, mãe e avó, por isso é fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narcoquadrilhas", disse ele, durante palestra a empresários, fazendo um paralelo entre formação da família e ação de bandidos em áreas carentes.
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Nesta segunda, ele voltou a citar o tema da Constituição. Segundo o candidato a vice, a reforma da Carta representaria a "mãe de todas as reformas", uma vez que ela está desatualizada, apesar das emendas que sofreu.
Bolsonaro
Adotando um tom presidencial, o candidato a vice discursou por cerca de uma hora no evento promovido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) com outras 21 entidades, que se reuniram num grupo chamado Reformar Para Mudar.
Em sua fala, Mourão citou apenas uma vez Bolsonaro, que continua internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, se recuperando do atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG).
Mourão reclamou também da forma como as forças policiais são criticadas quando atuam, na sua definição, "como polícia". "Temos de lembrar que direitos humanos são para humanos direitos", disse o general. "Se a polícia age como polícia, é duramente criticada: é o genocídio, o martírio da população brasileira. É trabalho enfrentar isso daí", disse ele, que foi aplaudido pela plateia.
O militar foi aplaudido outras duas vezes enquanto discursava, ambas ao defender o livre mercado e a iniciativa privada. Ele defendeu, por exemplo, a privatização das áreas de refino e distribuição da Petrobras. .