O embate entre os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos – Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição, e o senador Antonio Anastasia (PSDB) – marcou o debate promovido pelos Diários Associados, com a participação de jornalistas do Estado de Minas e TV Alterosa.
Veja como foi o debate:
Os adversários não perderam a oportunidade de se acusar mutuamente pela crise financeira no estado, com o parcelamento no salário dos servidores e retenção de verbas dos municípios.
Vídeo em 360 graus mostra o que você não viu, nos bastidores do debate:
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“Eu queria pedir aos servidores que se lembrem bem como era no meu tempo, como conseguíamos pagar religiosamente no quinto dia útil, também o décimo-terceiro e ainda tinha o adicional de produtividade”, afirmou Anastasia. A réplica veio de imediato.
“É impressionante como o candidato Anastasia omite o fato de que o grande responsável pelo rombo é o governo dele e de seu antecessor e padrinho político, Aécio Neves”, retrucou Pimentel, completando que fala a “verdade” aos mineiros.
Questionado em vários momentos – e pelos demais adversários – sobre a situação financeira do estado, Pimentel mais uma vez procurou nacionalizar a questão e a disputa eleitoral. Afirmou que atrasos no cumprimento da escala de salários ocorreram por causa de bloqueios de verbas para o estado pelo governo de Michel Temer (MDB), que “tem feito o possível para prejudicar Minas Gerais”e pediu ao eleitor para que vote em Fernando Haddad (PT) e Dilma para a presidência da República e Senado, respectivamente.
Segundo ele, o déficit (de R$ 7 bilhões) foi mantido porque no primeiro ano houve um golpe de estado, e aliás, o candidato Anastasia participou de maneira “muito ativa” do golpe de estado e apoia o governo de Temer. Pimentel argumentou ainda que durante a gestão de Aécio Neves e Anastasia o estado contou com a “generosidade” do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por isso não teria encontrado muitas dificuldades para governar.
“Minas tem lutado arduamente contra o governo ilegítimo e fajuto.
Prefeitos
As acusações da Associação Mineira dos Municípios (AMM) de que o governo mineiro deve cerca de R$ 8 bilhões para as prefeituras em razão do não repasse de verbas de ICMS e IPVA e outras verbas constitucionais foram retratadas em diversos momentos do debate por Antonio Anastasia.
“Em qualquer outro país era caso de intervenção federal. É muito grave o que está fazendo, uma maldade contra os servidores, uma maldade contra os prefeitos”, disse o tucano.
Nas considerações finais, Pimentel disse que ouviu “muita conversa” e “números equivocados” e que tem trabalhado “dia e noite” para consertar “os estragos herdados pelo desgoverno de 12 anos no PSDB no estado”.
Já Anastasia afirmou que está “ao lado” do povo mineiro e que tem serenidade e equilíbrio para lidar com “inverdades e informações equivocadas”. Ainda pediu aos servidores e aos prefeitos que comparem a gestão dele com a de Pimentel.