Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Fundamental na área pública é capacidade de gestão, e não experiência, diz Amoedo

O candidato à Presidência pelo Partido Novo, João Amoêdo, afirmou nesta quarta-feira, 19, não considerar essencial ter experiência na gestão pública para realizar um bom trabalho como mandatário do País. "Não acho fundamental experiência na área pública, mas sim capacidade de gestão. Acho que estou habilitado a ser presidente", afirmou, durante sabatina no Fórum Páginas Amarelas, da revista "Veja".

A concepção do Novo, disse o candidato, vai de encontro com a política nos moldes tradicionais. "Percebemos que o modelo de Estado é concebido para atender aos interesses dos políticos e não aos brasileiros. Por isso, resolvi empreender na política, venho fazendo isso desde 2010", declarou o candidato.

Reformas

A reforma da Previdência a ser tocada em um eventual governo de João Amoedo deverá aproveitar a pauta que vem sendo discutida e está aguardando encaminhamento no Congresso Nacional, explicou o candidato. "É interessante aproveitar as discussões que já foram feitas e, num primeiro momento, aprovar algo mais simples", disse.

Amoêdo comentou que entre as medidas que podem integrar a proposta estariam o tempo mínimo de contribuição em 40 anos, assim como a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres em 65 anos. "Também queremos aplicar os mesmos critérios do setor privado aos funcionários públicos, que é um dos pontos de maior distorção no modelo atual", afirmou.

Em relação às empresas estatais, Amoedo reforçou que pretende repassá-las à iniciativa privada. "Somos contra o Estado ser gestor de qualquer empresa. Por isso, somos favoráveis a privatizar Petrobras, Caixa, Banco do Brasil, Correios. Em outros casos, em que não há demanda da iniciativa privada, a solução é fechar a empresa", afirmou. "O principal é que a privatização destas empresas tenha como objetivo dar mais concorrência aos brasileiros", declarou.

O candidato explicou que, para atingir este objetivo, entretanto, é preciso conduzir o processo de privatizações com critérios. "A Caixa e o BB, por exemplo, não faria sentido repassá-los aos bancos que já estão no mercado. Seria focado em bancos internacionais ou então transformá-las em corporações, como é o sistema norte-americano", explicou.



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