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Estado de Minas

No Twitter, Ciro lembra eleições de 2014 e aposta em virada no segundo turno

O candidato do PDT está em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Ele luta contra voto útil para seguir na disputa


postado em 19/09/2018 19:00 / atualizado em 19/09/2018 19:07


Com receio de perder eleitores por causa da tendência do voto útil, o candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, postou em seu perfil no Twitter vídeo dizendo que o segundo turno das eleições ainda não está definido e que, em 2014, o resultado do primeiro turno contrariou as pesquisas.

“Nesse momento, as eleições estão completamente abertas e tem uma maioria imensa de pessoas ainda procurando a melhor decisão”, escreveu.

Ele lembrou o pleito de 2014, em que os levantamentos apontavam segundo turno entre Dilma Rouseff (PT) e Marina Silva. “O resultado das urnas foi completamente diferente, levando Aécio para o segundo turno, ao invés de Marina, como apontava o Ibope”, comentou.

As últimas pesquisas mostram queda de Ciro Gomes do segundo para o terceiro lugar depois da oficialização da candidatura de Fernando Haddad. Além do crescimento do petista, pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostra a tendência de 32% do eleitorado adotar o chamado voto útil.

A ideia do voto útil é de não desperdiçar o voto em torno de quem não tem chance ou evitar ajudar a eleger um candidato que rejeite. A partir dessa lógica, eleitores de Ciro estariam migrando para a candidatura de Haddad.

“Então, meu povo, a lição que fica é que nunca devemos transferir a nossa decisão e nosso entusiasmo para os institutos de pesquisa”, afirmou. Ele também reforçou que as pesquisas internas do partido lhe deixam “muito animado” .

Na semana passada, ele disse em campanha que o brasileiro não merece ter que decidir entre um “fascista”, em referência a Bolsonaro, e as “enormes contradições do PT”. “Até a reta final, ainda haverá muitos momentos de emoção e viradas”, apostou.

Por causa dessa divisão e com o avanço de Haddad, Ciro vem acirrando as críticas ao PT, com a intenção de atrair eleitores de esquerda e consolidar seu nome na disputa de um segundo turno. Mais cedo, nesta quarta-feira, ele tratou o voto útil como “insulto à experiência popular”.


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