Jornal Estado de Minas

Candidato do PCO diz que vai suspender parcelamento de salários, se eleito


O candidato do PCO ao governo de Minas, Alexandre Flach, foi um dos entrevistados da tarde desta quarta-feira do Estado de Minas, que, desde a semana passada, promove sabatina com os concorrentes ao Palácio da Liberdade. Flach pregou uma nova maneira de entender a política e a forma como ocorre a relação entre Executivo e Legislação.

Sobre as dificuldades do caixa do estado em Minas, por exemplo, ele afirmou que tudo se agravou após o processo que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), classificado por ele como “golpe”. Contudo, afirmou que se eleito suspenderia imediatamente o parcelamento dos salários dos servidores estaduais, que passariam a ter prioridade em relação à quitação da dívida com instituições financeiras.

Segundo Alexandre Flach, as consequências do impeachment de Dilma fizeram como que Minas Gerais fosse ainda mais prejudicada, por ser administrada por governador de partido de esquerda. Para ele, ao assumir o governo, após a saída de Dilma Rousseff, Michel Temer assumiu uma agenda austera em relação à Minas para dificultar as finanças do estado, administrado por Pimentel, que Flach classificou como o governador mais próximo de Lula. Ainda de acordo com o candidato, a crise econômica “antecipada” para dar condições a saída de Dilma, não foi controlada por seus incentivadores e causou o cenário de recessão, o que prejudicou ainda mais a entrada de recursos nos cofres públicos.

Sobre o parcelamento dos salários dos servidores, Alexandre Flach afirmou que seria suspenso imediatamente após ele assumir o comando do estado. Ele alegou que essa seria a prioridade de investimento do fluxo de caixa, além da continuidade dos serviços. “O que nós faríamos no governo é deixar de pagar os bancos.
Eles que não tem o direito de receber. Quem tem o direito de receber são os funcionários, a população e os serviços. Os funcionários têm o direito de receber seus salários, muito mais os bancos”, afirma

O candidato ainda afirmou que uma frente de esquerda não foi possível devido à diferença de propostas e posturas entre os partidos como PSTU e o PT. Segundo ele, o PCO é uma legenda “revolucionária”, já o Partido dos Trabalhadores é de “conciliação de classes”. Mas foi mais incisivo nas críticas ao PSTU. “Nós somos um partido que luta contra o golpe. O PSTU nem mesmo viu o golpe acontecer.
O PSTU entrou na campanha de fora Dilma, ao contrário do PCO, mas nós percebemos ali a ingerência para derrubar uma presidenta que não tinha nenhuma base jurídica para sofrer um impeachment, disparou.

Flach ainda disse que na relação com o Legislativo pretende criar outro tipo de relação com a Assembleia, pautada pela pressão popular aos deputados, e assim evitar ficar refém de da troca de favores com os parlamentares para aprovar as propostas. Sobre a Cidade Administrativa, o candidato do PCO afirmou que consultaria a população sobre a destinação do imóvel.

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