Na tentativa de reverter a queda entre o eleitorado feminino e aproveitar a onda de rejeição de mulheres a Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) mostrará em sua próxima propaganda eleitoral na televisão uma mensagem direcionada às eleitoras.
Com referências a críticas que já foram feitas a ela em pleitos anteriores, Marina afirma que "nós, mulheres, seguramos a barra, o trabalho e a casa. E ainda temos que provar que não somos fracas". Em 2014, ela foi atacada, principalmente pelo PT, com o discurso de que era frágil e incapaz de governar.
Marina diz ainda, no vídeo, ver com "alegria que estamos levantando a nossa voz, exigindo respeito". "Eu estou nesta luta com você e com você eu vou trabalhar. No nosso governo, o Brasil vai ser mesmo uma pátria mãe gentil", diz a candidata ao final do vídeo.
De acordo com a última pesquisa Ibope, divulgada pelo Estadão na última terça, 18, Marina teve apenas 7% das intenções de voto das mulheres. Em 20 de agosto, esse índice era de 15%. Enquanto isso, Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas, viu seu apoio entre o eleitorado feminino crescer de 13% para 20% no mesmo período.
Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) também cresceram na intenção de voto das mulheres. O pedetista registrou 8% do voto feminino em agosto e chegou a ter 12% das intenções de voto em 11 de setembro, mas na última pesquisa marcou 11%.
Referências. Em outro vídeo que também será veiculado nos próximos dias, Marina apresenta três nomes que considera cruciais para a formação de seu eventual governo. Antes de citá-los diz que "para uma vida melhor", é preciso unir o país. Ela cita André Lara Resende, que ela diz ter sido um dos criadores do Plano Real, seu vice, Eduardo Jorge, como um dos idealizadores do SUS e da Lei dos Genéricos, e Ricardo Paes de Barros, um dos criadores do Bolsa Família. "Estão todos com Marina", diz a narradora do vídeo. (Mariana Haubert).