A capacidade do próximo governo de aprovar as medidas necessárias para reerguer a economia brasileira e recuperar o mercado de trabalho passará, invariavelmente, pela capacidade do presidente de negociar com o Congresso e Centrão, afirmou o economista Pérsio Arida, assessor econômico da campanha de Geraldo Alckmin ao Palácio do Planalto.
"Temos que ser muito claros e algumas pessoas poderão não gostar do que vou falar: para aprovar reformas, o próximo presidente terá que fazer aliança com o Centrão, antes ou depois da eleição", disse o economista nesta sexta-feira, 21, durante sabatina realizada pelo Grupo Estado em parceira com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
"Entendo que o desafio do próximo presidente é enorme. O requisito número um, no meu ver, é a capacidade de negociar com o Congresso para avançar sobre temas que necessitam de amplo número de votos", reiterou.
"O requisito número dois é a experiência. Alckmin, no Estado mais afetado pela crise, fez ajuste fiscal contínuo e não atrasou salários, não atrasou pagamento a fornecedores", defendeu o economista.
Arida rechaçou propostas populistas em campanhas adversárias: "não faremos reformas populistas, o debate deve ser feito a sério", finalizou.
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