O candidato do PSDB à Presidência nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 24, que Jair Bolsonaro (PSL) "não dá conta de derrotar o PT, nem dá conta do governo". Ele comentou as últimas pesquisas de intenção de voto numa agenda de campanha no Mercadão de Madureira, área de comércio popular da zona norte do Rio.
"Mais da metade da população não quer esses extremismos. A racionalidade vai caminhar. De um lado tem a volta do PT, que é muito ruim; de outro, uma parte da população que é bem intencionada mas acha que para vencer o PT é o Bolsonaro. E não é. Ele não dá conta de derrotar o PT, essa é a realidade, nem dá conta do governo. Eu não vou ser pau mandado de banqueiro, para ter a CPMF, reduzir imposto de renda de rico."
Alckmin disse que vai trabalhar essas duas últimas semanas antes da eleição para conquistar o voto de quem rejeita tanto o candidato Fernando Haddad e o PT quanto Bolsonaro. "É esse eleitor que vamos buscar. O que vale é a última onda", afirmou o tucano.
Ele não quis dar declarações sobre o manifesto preparado pela campanha de Bolsonaro para apresentá-lo como um candidato menos radical. Alckmin disse desconhecer informações sobre uma possível aliança entre João Doria e Bolsonaro, ao ser questionado por jornalistas sobre o assunto. "Tem muita fake news. Estive ontem (sábado) com João Doria num grande ato em São Paulo."
Ele também falou sobre a situação fiscal do País. "Quem ganhar não vai ser convidado para um banquete. Não será uma tarefa fácil. Estabelecemos até dois anos para zerar o déficit fiscal", declarou, ao ser confrontando com a declaração do candidato do PDT, Ciro Gomes, que visitou Madureira nesta manhã e afirmou que será possível fazer o Brasil crescer 5% em 2020. O tucano caminhou pelo Mercadão e cumprimentou comerciantes e clientes.
POLÍTICA