O presidente Michel Temer (MDB) relacionou as duas acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que foi alvo no ano passado aos esforços do seu governo para tentar aprovar a reforma da Previdência, em entrevista nesta segunda-feira, 24, à Associated Press. Temer está em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.
"De um lado, eu tentei combater privilégios, por outro lado, esse homem tentou proteger esses privilégios", disse ele, que considera que sua administração foi "insultada" por querer levar a cabo as mudanças nas regras da aposentadoria.
Segundo o presidente, quando ele assumiu o País em 2016, a economia brasileira estava um "desastre". "Com certeza, há muito por fazer. Mas temos consciência tranquila de que estamos deixando o governo pronto para a próxima administração." Na matéria, a agência de notícias citou que, no governo atual, o teto de gastos e a reforma trabalhista foram aprovadas e que a economia voltou a crescer modestamente no ano passado (1%), após ter contração de mais de 3% em 2015 e 2016.
A AP ainda destacou a baixa aprovação do governo Temer, dizendo que chegou a ser de apenas 3%, e ressaltou ainda que candidatos à Presidência que já foram aliados do atual presidente querem se distanciar dele.
O emedebista minimizou essa questão e disse que seu governo será respeitado com o tempo. Ele afirmou que as reformas não são populares e que as pessoas reagem negativamente a tentativas de mudança.