Na reta final da campanha no primeiro turno, o candidato ao governo de Minas Antonio Anastasia (PSDB) afirmou que, se eleito, vai apresentar projeto de lei à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que abre a possibilidade de negociação coletiva no serviço público.
A ideia é que funcionários públicos possam, por meio de negociação coletiva mediada por sindicatos, tratar com o Estado sobre planos de carreira, padrões remuneratórios, condições de trabalho, aposentadoria, planos de saúde, entre outras medidas.
O senador chegou a apresentar a proposta no Congresso, mas o texto acabou sendo vetado pelo presidente Michel Temer (MDB). “Infelizmente, o poder Executivo vetou. A negociação coletiva só existe hoje no setor privado. O resultado é que as greves e conflitos no setor público se alongam muito e não há negociação”, disse.
Ele defendeu a proposta em reunião nesta manhã com centrais sindicais, em seu comitê de campanha. Estavam presentes representantes de policiais civis e da Central das Entidades de Servidores Públicos (Cesp). Também participaram da reunião integrantes ad União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
O candidato afirmou que pretende criar ambiente de negócios em Minas para favorecer a criação de empregos e o ambiente de negócios no estado, atraindo novas empresas. “No meu governo criei 550 mil vagas. Agora, a necessidade é maior”, disse, criticando o governo de seu adversário Fernando Pimentel (PT).
Segundo a pesquisa Ibope divulgada ontem, com 35% da preferência dos eleitores, Anastasia evitou falar de vitória em primeiro turno, embora esse discurso estivesse presente na fala da maior parte dos apoiadores. “A campanha é de dois turnos. Me preparo para uma campanha de dois turnos”, disse.