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Estado de Minas

Em penúltimo debate, Anastasia e Pimentel se acusam de dizer mentiras

Encontro com seis dos nove candidatos ao governo do estado ocorre nesta tarde no auditório do Sicepot-MG


postado em 29/09/2018 13:08 / atualizado em 29/09/2018 17:28

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

A troca de acusações entre os dois candidatos que polarizam a disputa ao governo de Minas e a nacionalização da campanha marcaram o penúltimo debate entre os principais postulantes ao Palácio da Liberdade, realizado neste sábado (29) pela TV Record. O encontro entre o governador Fernando Pimentel (PT) e o senador Antonio Anastasia (PSDB) reproduziu o clima acirrado da reta final da disputa. Os dois passaram a maior parte do programa tentando culpar o adversário pelos problemas do estado e pregar no outro a pecha de mentiroso.

Os candidatos João Batista dos Mares Guia (REDE), Adalclever Lopes (MDB), Dirlene Lopes (PSOL) e Claudiney Dulim (Avante), que também participaram, ficaram como coadjuvantes nas brigas dos dois. Petista e tucano trocaram acusações sobre privatizações, obras paradas, funcionalismo público, pedaladas e principalmente o rombo financeiro em Minas Gerais.

Pimentel aproveitou o debate para dizer que o adversário tucano mente ao falar dos problemas do estado e lançou um site com o que chamou de “as mentiras de Anastasia”. Já Anastasia disse que Pimentel acha que governa São Paulo, quando fala da situação de Minas. Os dois também falaram sobre os candidatos a presidente de seus respectivos partidos, Geraldo Alckmin, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT.

Cobranças

Em um dos embates, Anastasia disse que acha impressionante “como Pimentel tem coragem de se candidatar, quando "arruinou as finanças de Minas". O tucano disse que o governador aumentou as despesas do estado, não pagou servidores em dia e também quis privatizar a Codemig, que detém a exploração do nióbio, que chamou de "a jóia da coroa" de Minas Gerais. Disse ainda que a obra que Pimentel vai deixar será uma dívida com os municípios e o não pagamento dos salários de servidores.

Anastasia foi questionado por Dirlene Marques sobre o possível apoio ao candidato do PSL a presidente Jair Bolsonaro, no segundo turno. Ela citou o fato de o vice dele, Marcos Montes (PSD) ter afirmado que é preciso dar a mão ao presidenciável. Questionado diretamente se apoiaria Bolsonaro, Anastasia não quis e posicionar. Disse que seu candidato é Geraldo Alckmin e que ele irá ao segundo turno.

O candidato tucano emendou dizendo que Pimentel pensa que governa o estado que Alckmin governou, porque “lá os professores recebem em dia, não há calote nas prefeituras e os serviços funcionam regularmente”. “Ele acha que governa São Paulo, mas não, governa Minas”, disse. Ainda sobre os as finanças, o candidato tucano disse que o governo petista começou a “fraquejar” em 2016, quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) governava o país.  O senador tucano também questionou o governador do estado por  “se apropriar” de recursos dos empréstimos consignados ao funcionalismo.

Mentiras

Pimentel também não poupou munição. Disse que Anastasia deixou 511 obras paradas, além dos hospitais regionais, e nacionalizou as críticas, ao cobrá-lo pelo apoio ao presidente Michel Temer (MDB) e dizer que ele foi um dos responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que chamou de golpe. O petista perguntou se Anastasia se arrependida da postura.

Pimentel disse ainda que, quando governou, Anastasia deixou mulheres sem licença maternidade e proibiu professores de merendar com os alunos nas escolas. O governador disse que a situação do estado é crítica por causa do “boicote” do governo Temer, apoiado pelos tucanos, e por ter herdado uma gestão que foi por 12 anos do PSDB. Ele acusou Anastasia de faltar com a verdade e usar o sofrimento das pessoas para ganhar votos.

O governador também afirmou que o governo do PSDB em Minas “não tinha projeto nenhum”  por falta de dinheiro e foi baseado em propagandas. “Os programas eram um monte de nome bonito sem conteúdo nenhum, não tinha nada”, disse. Pimentel afirmou que os projetos que atuam no estado, como bolsa-família, financiamento estudantil e Umeis vieram do PT.

Pedalada


Pimentel também respondeu sobre a suposta pedalada fiscal que foi acusado de dar, pelo Ministério Público de Contas. Segundo ele, a antecipação de R$ 900 milhões de ICMS da Cemig é legal porque os recursos são do ano corrente. “E o recurso é necessário porque estamos vivendo um problema gravíssimo causado pelo governo Temer. Temos dificuldades, especialmente, por causa das dívidas herdadas”, disse.

Pimentel também alfinetou Anastasia ao rebater a declaração de Mares Guia, de que encerraria os problemas do estado como mágica, se Haddad fosse eleito. “Mágica é quem fala que cortando no osso ou tutano, que seja, vai resolver”, disse, em relação a fala de Anastasia sobre o corte de despesas do estado. O candidato petista afirmou que estava “pacientemente escutando um monte de absurdos”. “Estou fazendo a campanha falando a verdade. Sugiro ao espectador que acesse o site As mentiras do Anastasia. Estão lá coisas até cruéis.”

Ventríloquo

Adalclever e Mares Guia trocaram farpas ao falar sobre o processo de impeachment contra Pimentel. O candidato da Rede disse que o presidente da Assembleia fazia o papel de "ventríloquo" do Palácio da Liberdade e depois abriu processo contra o petista como uma forma de chantagem, e quando não havia motivo. Segundo ele, o Legislativo deveria ter afastado o petista por causa das acusações na Operação Acrônimo, para que o governador tivesse "chance de se explicar".

Mares Guia também acusou Pimentel de não enfrentar a crise e fazer 'populismo' por quatro anos.
Adalclever afirmou que Mares Guia tentava posar de 'vestal da moralidade' e sabe tudo. Também afirmou que a Assembleia nunca se furtou ao seu papel. “Eu não sambei ideologicamente para a esquerda e para a direita, tenho personalidade”, rebateu.

"Ele não"


A candidata do PSOL Dirlene Marques foi vestida com uma camisa do protesto "Ele não", contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), e chamou as eleitoras a participarem nas ruas de BH. Dirlene aproveitou uma pegunta sobre a possível privatização da Codemig para alfinetar Anastasia e Pimentel, dizendo que tal medida não seria privilégio da gestão petista. "E uma lógica no Brasil, onde desde 1980 se privatiza tudo", disse.

Em meio às brigas, Claudiney Dulim cobrou propostas. "Nós aqui o tempo todo discutindo problemas, o que precisamos agora apresentar antelativas", disse.


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