Em campanha de rua hoje, 29, no bairro da Lapa, Porto Alegre, o ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, comparou o deputado Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, a um "menino mimado" pelas declarações que ele deu na sexta-feira, 28, levantando novamente suspeição sobre a segurança da urna eletrônica e dizendo que não aceitará o resultado da eleição se for derrotado.
Na sexta-feira, Bolsonaro disse em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, do programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, concedida do quarto do hospital Albert Einstein, onde se recuperou de um atentado a faca sofrido no início deste mês, que não poderia falar pelos comandantes militares, mas pelo que via nas ruas, não aceitaria um resultado diferente da sua eleição. E reiterou que a única possibilidade de vitória do PT viria pela "fraude"
Neste sábado, na Lapa, o presidenciável tucano lembrou que Jair Bolsonaro se elegeu sete vezes deputado, e em todas elas a urna funcionou. "Agora, se perder não funciona", ironizou.
Além das críticas ao adversário do PSL, Geraldo Alckmin criticou também o candidato do PT, Fernando Haddad, classificando de "um absurdo" a ideia do petista de fazer uma nova Constituição.
Questionado sobre as manifestações femininas convocadas para este sábado contra Bolsonaro, o tucano afirmou que o Brasil tem uma grande dívida com as mulheres.
Ao detalhar seus projetos para garantir igualdade salarial entre gêneros, disse que uma sociedade plural, como a brasileira, que quer ser justa, não pode permitir a discriminação das mulheres.
O tucano reforçou ainda a proposta de valorização do FGTS. "Hoje o dinheiro do trabalhador derrete. Nós vamos aplicar sobre essa poupança a inflação mais juros, para que o dinheiro dos trabalhadores renda mais", disse.
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