O bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), declarou voto no sábado, 29, em Jair Bolsonaro, deputado federal e candidato a presidente da República pelo PSL. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o PRB, partido ligado à Universal, já manifestou internamente predileção por Bolsonaro num segundo turno entre ele e o candidato do PT, ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad, cenário mais provável segundo pesquisas de intenção de voto. O partido coligou-se ao tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno, mas prepara-se para entrar na campanha de Bolsonaro. A informação foi publicada no sábado, pelo jornal O Globo.
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Em eleições anteriores, a Igreja Universal apoiou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), hoje candidata ao Senado em Minas Gerais. O PRB, partido ligado à igreja criado durante o governo Lula, participou das duas últimas gestões petistas, mas desembarcou do governo e apoiou o impeachment. A sigla comanda o Ministério da Indústria no governo Michel Temer.
A Universal decidira ficar "neutra" na disputa presidencial, sem fazer declarações oficiais, nem indicar posição. Uma fonte com trânsito na cúpula da denominação disse que a posição poderia ser revista ao longo da semana, e outros líderes religiosos evangélicos esperavam um posicionamento do Bispo Edir Macedo. Oficialmente, a Universal disse à reportagem, na quinta-feira à noite, que "incentiva a todos os cristãos, de todas as denominações, a escolherem candidatos comprometidos com os valores da família e da fé".
Um dos elos entre a campanha de Bolsonaro e líderes da Universal são os integrantes da comunidade judaica que colaboram com a campanha do PSL e mantêm vínculos com religiosos graduados da igreja. A Universal adotou a simbologia judaica, e o ex-capitão do Exército também passou a se posicionar de acordo com bandeiras defendidas por Israel. Em 2016, viajou ao País com os filhos, e foi batizado no Rio Jordão pelo pastor Everaldo Pereira, da Assembleia de Deus Ministério Madureira.