Candidato ao governo de Minas Gerais, Claudiney Dulim (Avante) comparou o concorrente Romeu Zema (Novo) ao senador Fernando Collor de Mello (PTC). Após embate no debate da TV Globo, Dulim voltou a ironizar o adversário ao fazer referência ao ex-presidente, que sofreu processo de impeachment em 1992.
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Candidatos ao governo de Minas trocam acusações no último debate antes das eleições''Vamos dar outra destinação à Cidade Administrativa'', diz Claudiney Dulim, candidato ao governo de MinasRomeu Zema, do Novo, encerra debate pedindo votos para Amoêdo e Bolsonaro Governador Renan Filho se reelege em AlagoasDiretório nacional do Novo diz que declaração de Zema é 'inaceitável'; estadual nega conflitoMares Guia critica Romeu Zema: "ele mostrou deslealdade com seu partido''A expressão ‘caçador de marajás’ foi utilizada por Collor para simbolizar o combate à corrupção, quando ainda era candidato à presidência da república. Zema rebateu as críticas e disse considerar ‘factíveis’ as propostas apresentadas pelo Novo em Minas Gerais.
“Eu posso dizer que o Estado é uma fábrica de absurdos, o governo é agente demais em alguns lugares. Nós queremos fazer um enxugamento, porque isso significa um ônus para o mineiro, isso significa mais despesas para um governo que não está conseguindo fazer o essencial, que é a saúde, a segurança. Eu quero realmente esse enxugamento. Parece que ele não gostou da proposta, mas eu não vou, por causa disso, deixar de falar o que eu considero errado. E tem muita mordomia, tem muito privilégio dentro do Estado. E eu vou querer cortar aquilo que estiver ao meu alcance. E aquilo que não estiver, pelo menos o exemplo eu vou dar”, defendeu-se.
Do lado de Bolsonaro
Na última frase no debate, Zema sinalizou apoio às campanhas do correligionário João Amoêdo e de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência. “O que quis dizer ali é o seguinte: que quem quer renovação aqui em Minas tem a opção de votar no Amoêdo ou no Bolsonaro. E que votem em mim. Os eleitores do Bolsonaro têm, geralmente, uma proximidade muito grande com as nossas propostas”, explicou-se.
A postura foi amplamente criticada por Dulim. O candidato do Avante considerou um ‘absurdo para a democracia’ o fato de Zema ter demonstrado apoio a Bolsonaro. “Que Novo?! Ah, desculpa, porque eu não vi nada de novo ali naquele discurso. É um discurso atrasado. O partido tem candidato a presidente da república e eles pediram voto para dois candidatos. É um absurdo para a democracia. O partido dele tem candidato a presidente da república: um banqueiro, riquíssimo, milionário assim como ele”, concluiu.
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