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Estado de Minas POLÍTICA

'Aqui não é Alagoas', diz Dulim ao comparar Zema a Fernando Collor

Candidatos ao governo de Minas Gerais trocaram farpas durante e depois de debate


postado em 03/10/2018 07:30 / atualizado em 03/10/2018 07:56

Candidatos ao governo de Minas, Claudiney Dulim e Romeu Zema trocaram farpas nessa terça-feira(foto: Montagem/Fotos: Sidney Lopes)
Candidatos ao governo de Minas, Claudiney Dulim e Romeu Zema trocaram farpas nessa terça-feira (foto: Montagem/Fotos: Sidney Lopes)

Candidato ao governo de Minas Gerais, Claudiney Dulim (Avante) comparou o concorrente Romeu Zema (Novo) ao senador Fernando Collor de Mello (PTC). Após embate no debate da TV Globo, Dulim voltou a ironizar o adversário ao fazer referência ao ex-presidente, que sofreu processo de impeachment em 1992.

“O discurso que ele fez lá é de caçador de marajás. Isso é da época de Fernando Collor de Mello. Aqui não é Alagoas. Tem que ter respeito com o povo mineiro. Ele tem que ter mais cuidado com suas falas. Colocou algumas questões que a gente entende inconstitucionais, impossíveis de serem realizadas, falaciosas. Tem que ter cuidado com isso. Para poder numerar na pesquisa, pontuar na pesquisa? Não, um absurdo”, disse Dulim, em entrevista coletiva após o debate.

A expressão ‘caçador de marajás’ foi utilizada por Collor para simbolizar o combate à corrupção, quando ainda era candidato à presidência da república. Zema rebateu as críticas e disse considerar ‘factíveis’ as propostas apresentadas pelo Novo em Minas Gerais.

“Eu posso dizer que o Estado é uma fábrica de absurdos, o governo é agente demais em alguns lugares. Nós queremos fazer um enxugamento, porque isso significa um ônus para o mineiro, isso significa mais despesas para um governo que não está conseguindo fazer o essencial, que é a saúde, a segurança. Eu quero realmente esse enxugamento. Parece que ele não gostou da proposta, mas eu não vou, por causa disso, deixar de falar o que eu considero errado. E tem muita mordomia, tem muito privilégio dentro do Estado. E eu vou querer cortar aquilo que estiver ao meu alcance. E aquilo que não estiver, pelo menos o exemplo eu vou dar”, defendeu-se.

Do lado de Bolsonaro

Na última frase no debate, Zema sinalizou apoio às campanhas do correligionário João Amoêdo e de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência. “O que quis dizer ali é o seguinte: que quem quer renovação aqui em Minas tem a opção de votar no Amoêdo ou no Bolsonaro. E que votem em mim. Os eleitores do Bolsonaro têm, geralmente, uma proximidade muito grande com as nossas propostas”, explicou-se.

A postura foi amplamente criticada por Dulim. O candidato do Avante considerou um ‘absurdo para a democracia’ o fato de Zema ter demonstrado apoio a Bolsonaro. “Que Novo?! Ah, desculpa, porque eu não vi nada de novo ali naquele discurso. É um discurso atrasado. O partido tem candidato a presidente da república e eles pediram voto para dois candidatos. É um absurdo para a democracia. O partido dele tem candidato a presidente da república: um banqueiro, riquíssimo, milionário assim como ele”, concluiu.


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