O Tribunal de Contas da União (TCU) já identificou 12.172 casos de indícios de irregularidades em doações eleitorais e gastos de campanhas, em valores que somam R$ 42 milhões, na primeira rodada de um pente fino sobre o financiamento nas eleições de 2018.
Entre os casos apontados como relevantes para serem apurados, o TCU apontou que uma empresa com apenas um funcionário foi contratada por uma campanha para prestar serviços no valor de R$ 661 mil. Outro caso é o de uma empresária que é beneficiária do programa Bolsa Família e prestou serviços no valor de R$ 534 mil. Também foi identificado que uma empresa aberta em abril de 2018, pertencente a um filiado de um partido político, prestou serviço no valor de R$ 15 milhões a uma campanha. Além disso, há doadores desempregados, parentes de candidatos e até mesmo mortos.
Já apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as informações foram levantadas pelo TCU, por meio de cruzamento de diversos bancos de dados, entre elas as movimentações de valores declarados à Justiça Eleitoral, e deverão ser utilizados como elementos na hora da análise da prestação de contas.
Os dados devem passar por apuração nos órgãos que compõem o Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral além do TCU - o Ministério Público Federal (MPF), o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), a Receita Federal (RFB) e o Departamento de Polícia Federal (DPF).
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