Ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Dinis Pinheiro (Solidariedade) tenta agora conquistar uma das duas vagas de senador na disputa do próximo domingo. Se eleito, diz que a primeira medida será reduzir os “privilégios” recebidos pelos parlamentares, como o auxílio-moradia e a verba do paletó.
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Bolsonaro grava vídeo de apoio a Dinis PinheiroIbope: Dilma lidera para o Senado, com 26%; Viana e Dinis têm 15% e Pacheco, 14%Confirmado na chapa de Anastasia para disputar o Senado, Dinis ataca DilmaQual será o primeiro projeto de lei apresentado pelo senhor caso seja eleito senador?
A primeira coisa que vou fazer é me esforçar para acabar com os privilégios. O que fiz na Assembleia quero fazer no Senado (durante a gestão na Assembleia, acabou com o auxílio-moradia para os deputados que moravam em Belo Horizonte e região metropolitana, extinguiu o pagamento por participação em sessões extraordinárias e o voto secreto).
Mas o senhor acha que um projeto desse tipo seria aprovado pelos colegas?
Se você tem uma liderança... Essa mesma pergunta foi feita para mim quando era presidente da Assembleia e a resposta está aí. A cada dia mais o povo está vigilante, mais participante, mais atuante. O patriotismo tem que estar sempre presente, o espírito público deve estar sempre presente.
A última pesquisa de intenção de votos mostra o senhor em empate técnico com outros dois adversários na briga pela segunda vaga ao Senado: Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS).
Eu sou o candidato menos conhecido e o que mais cresceu. A partir do momento em que as pessoas conhecem a minha história, o meu passado, as minhas ideias e propostas, existe uma relação muito forte aí de confiança, de apreço e de esperança.
O senhor está na chapa do candidato ao governo Antonio Anastasia (PSDB), que também tem como candidato Rodrigo Pacheco. No entanto, Anastasia também declarou apoio a Carlos Viana. Ou seja, três candidatos para duas vagas. Qual a opinião sobre isso? O senhor acha que atrapalha a sua campanha?
Isso é bom para Minas. Deixa o mineiro escolher com a sua sabedoria, com a sua visão. O mineiro sabe. Eu confio na minha vida, na minha história.
Os atuais senadores têm sido muito criticados pelo governador Fernando Pimentel (PT), pelos prefeitos, acusados de não terem feito nada pelo estado. O senhor concorda com isso? O que faria de diferente se estivesse lá?
Cada um tem um jeito. Sou muito combativo, nessa questão municipalista sou muito firme, muito intransigente. Essa é uma questão que vou enfrentar com muito vigor, essa concentração de renda em Brasília é uma fonte inesgotável de arbítrio, de ineficiência, de corrupção. Para os estados e municípios vou lutar com muita braveza e muita bravura. Quero acabar com os superpoderes de Brasília. O dinheiro suado dos impostos do cidadão não pode ficar para Brasília, não.
Mas como garantir que essa ideia saia do papel?
Essa será uma luta incansável minha. A questão municipalista não é só uma causa, a gente tem que acabar com essa concentração de verbas. Quando JK idealizou Brasília, tenho certeza de que ele não queria isso. A minha vida é uma vida municipalista, e tenho uma crença danada nisso. Se você combate essa centralização, você combate a corrupção, você vai combater a ineficiência, você vai combater a burocracia.
Mas e os atuais senadores? Faltou a eles fazer isso? Que nota o senhor daria a eles?
Acho que cada um se entrega do seu jeito, com suas características, suas qualidades. Mas gosto de olhar para a frente. Não sou professor, não tenho que dar nota.
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