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Estado de Minas

Brasil polarizado: O que pensam os eleitores de Bolsonaro e de Haddad?

Eleitores de ambos os lados justificam os seus votos na eleição do próximo dia 7


postado em 04/10/2018 10:51 / atualizado em 04/10/2018 11:13

(foto: Reprodução/Instagram e Twitter/Reprodução)
(foto: Reprodução/Instagram e Twitter/Reprodução)

O Brasil vive neste domingo as eleições mais polarizadas das últimas décadas, entre o deputado  Jair Bolsonaro  (PSL) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio  Lula da Silva (PT).

O que pensam aqueles que votam em um nostálgico da ditadura (1964-1985), do porte de armas e da "família tradicional"?
E aqueles que preferem Haddad, cuja referência é a era Lula (2003-2010), quando uma economia dinâmica permitiu promover programas de distribuição de renda que tiraram milhões de pessoas da pobreza extrema?

Lula cumpre desde abril uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. O líder, que era favorito nas pesquisas, afirma inocência e denuncia uma conspiração para impedir que a esquerda retorne ao poder.

A AFP conversou com os eleitores de ambos os lados e estes são seus testemunhos.

Bolsonaro: Deus, segurança, 'antichavismo'


"Eu acredito que o salvador da pátria é Deus. Não é que [Bolsonaro] seja o salvador da pátria, mas acho que ele é a pessoa melhor encaminhada, a pessoa mais correta para liderar o nosso país, porque é uma pessoa rígida. Neste momento, precisamos de uma pessoa que tenha atitudes radicais. Eu apoio Bolsonaro porque ele é a favor de castrar os estupradores, de militarizar as escolas, de que o os professores sejam respeitados e de não ser atacado dentro da sala de aula".

Carlos Alberto da Silva, 50 anos, motorista de táxi no Rio de Janeiro

"Os brasileiros realmente estão cansados dessa violência e eu, como policial militar, sei muito bem disso. São incontáveis as perdas aqui no estado (do Rio de Janeiro). Perdi as contas de quantos enterros eu fui, de amigos, de colegas".

Ericky Tostes, subtenente da Polícia Militar,  do Rio de Janeiro

"Eu acredito que ele veio para somar, não para dividir. Quer governar o país de maneira que tenha um pouco mais de decência, um pouco mais de transparência, e eu acredito que ele vai conseguir".

Mônica Mantelli, 46 anos, advogada em São Paulo


"Se você for analisar os políticos atuais, só resta o Bolsonaro. Para você ter uma ideia, o Lula, em quem sempre votei, hoje tem um discurso chavista, um discurso alinhado com nossos vizinhos (venezuelanos) que acabaram se dando muito mal com a situação política, e o Lula apoia totalmente".

Marcelino Oliveira Pontes, 46 anos, vendedor de eletrônicos em uma feira de Roraima


Haddad... é Lula!


"Para mim e para os estudantes que, como eu, entraram em programas sociais que nos deram acesso à universidade, os oito anos do governo Lula foram os melhores na história do país".

Artur Sampaio, 25 anos, estudante de Políticas Públicas para o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro

"As pessoas das classes média e baixa não tinham condições de vida. Vivíamos de restos e fomos reconhecidos como cidadãos. Pudemos estudar, ter um emprego, se aposentar".

Malvina Joana de Lima, aposentada

"Agora temos (à frente) um processo de reconstrução do país, porque estes dois anos de golpe [impeachment de Dilma Rousseff e do governo de Michel Temer] causaram estragos, transformaram o país em uma terra arrasada, pior do que quando Lula chegou à presidência".

João Martins, 53 anos, funcionário público do interior de São Paulo

"Lula foi condenado, mas não havia provas contra ele, eu o considero um prisioneiro político".

Mônica, 49 anos, assistente administrativa


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