Muitos vieram de longe e sozinhos para participar, em Londres, da eleição do primeiro turno para a Presidência - a cidade é o único colégio eleitoral no Reino Unido. Outros vieram em família e, os que quiseram declarar seus votos, mostraram que têm o mesmo candidato em seu núcleo familiar. No consulado, há quase 26 mil inscritos para esta eleição, que começou às 8 horas e está prevista para encerrar às 17 horas, com a previsão para a divulgação do resultado local por volta das 18 horas - o Reino Unido está quatro horas à frente do Brasil, atualmente.
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Acompanhe o dia das eleições em Minas e no BrasilNo Twitter Brasil, dois dos termos mais comentados têm a ver com a eleiçãoComo denunciar irregularidades na hora da votação'Não vamos escolher adversários', diz Anastasia ao votar em BHNos Estados Unidos, alta de eleitores brasileiros leva à chamada de mais voluntáriosApenas metade dos eleitores brasileiros na Argentina vai às urnasQuestionado sobre a baixa probabilidade de Amoêdo chegar ao segundo turno, como apontam as pesquisas, Oliveira disse que acredita que o apoio ao candidato do Novo é maior do que o que mostram os levantamentos. "Mesmo que ele não ganhe agora, acho que vale para daqui a quatro anos. A ideia dele vale muito", afirmou, dizendo que não apoia o PT ou o MDB, do presidente Michel Temer, nem o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. "Se no segundo turno só tiver esses dois eu não venho votar, eu justifico", disse, rindo. O são-paulino que vestia a camisa de seu time mora em Glasgow, na Escócia, e levou pouco mais de seis horas de ônibus para se deslocar até Londres nesta manhã.
Também de outra cidade vieram as irmãs Glynys e Cecília Page, que são donas de casa em Ergham. As duas declararam que votaram no candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
A irmã mora no Reino Unido há quase 12 anos e avalia que o Brasil perdeu o rumo "de tudo". "Está faltando respeito, a gente está sem nada no Brasil", pontuou. Cecília lembrou que atualmente não é mais possível manter um hábito que mantinha no passado, que era o de se sentar em frente a sua casa, a partir das 7 horas da noite.
Daíse Rodrigues também escolheu o candidato do PSL. "O Brasil precisa de uma sacudida bem forte, de disciplina. O brasileiro não tem disciplina, e um militar faz falta", argumentou ela, que trabalha com serviço de comida brasileira e portuguesa e está há 22 anos na Inglaterra e vive em Windlesham. Para a eleitora, Bolsonaro não representa, no entanto, um "miliar da época dos militares". "Isso nunca vai voltar, não é possível. O que tem que voltar é a disciplina.
Fernando, de 38 anos e que cuida do próprio negócio na Inglaterra, já tinha se despedido da reportagem quando voltou para pedir que seu sobrenome não fosse mencionado. "A eleição está muito pulverizada, e não quero virar meme", argumentou. Eleitor do Bolsonaro hoje, disse que seu candidato inicial era Geraldo Alckmin (PSDB), mas que faria qualquer coisa para que o PT não voltasse ao poder, então fez a escolha pelo candidato do PSL. Rapidamente ele respondeu que "não" quando questionado sobre se acreditava que Bolsonaro poderia resolver os problemas do País.
Já a família Formighieri veio do litoral, de Bournemouth, a 170 quilômetro a sudoeste de Londres para votar unida no candidato do PT, Fernando Haddad. O pai Luiz, a mãe Terezinha, o filho Pedro e a filha Ângela acreditam que o candidato é o mais preparado para o cargo atualmente. "Falam que na época da ditadura não tinha bandido? Eu servi em Brasília como soldado no quartel e tinha roubo de carro, tinha de tudo", afirmou. Ângela acredita ser possível vencer Bolsonaro no segundo turno, talvez com avanço de Ciro Gomes (PDT) no resultado de hoje. Sobre o comentário de que foram os primeiros encontrados em duas horas que votariam no PT, Luiz comentou. "Aqui em Londres, tradicionalmente o partido perde", comparou..