Investigado pelo bunker dos R$ 51 milhões em Salvador, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) não conseguiu se reeleger neste domingo, 7. O irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima recebeu 55.743 votos, insuficientes para garantir sua permanência na Câmara por mais quatro anos. Geddel está preso.
Com o resultado das eleições 2018, Lúcio vai perder o foro privilegiado a partir de 1.º de janeiro. O irmão de Geddel ficou com 0,81% dos votos.
Em maio deste ano, a Segunda Turma do Supremo, por unanimidade, tornou Geddel e Lúcio réus no caso do bunker.
Também pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa se tornaram réus a mãe dos políticos, Marluce Vieira Lima, o ex-assessor parlamentar, Job Ribeiro Brandão, e o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho.
Neste mesmo caso, os ministros, por unanimidade, rejeitaram a denúncia contra o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Pedreira Ferraz, que era acusado por lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral, de 2010 até 5 de setembro de 2017, a família Vieira Lima cometeu crimes de ocultação da origem, localização, disposição, movimentação e propriedade das cifras milionárias em dinheiro vivo. Até janeiro de 2016, o dinheiro teria ficado escondido em um closet na casa da matriarca, Marluce Vieira Lima.
Depois, as malas e caixas abarrotadas com R$ 42 milhões e cerca de U$ 2,5 milhões em dinheiro vivo foram transferidas para um apartamento no bairro da Graça, em Salvador. Mais tarde, a fortuna foi levada para um apartamento vizinho, onde ocorreu a apreensão pela Polícia Federal, na Operação Tesouro Perdido.
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