Em entrevista ao Jornal Nacional na noite desta segunda-feira, o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) ressaltou seu compromisso com a Constituição. Segundo o capitão reformado, caso seja eleito, ele e sua equipe serão “escravos da Constituição”. O presidenciável ainda criticou a declaração de seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), que, ao palestrar em Curitiba, disse ser favorável a uma nova Constituinte formada por notáveis e referendada pelos cidadãos. “Ele é general, eu sou capitão, mas eu sou o presidente. Eu o desaconselhei nesse momento. General Mourão foi infeliz, deu uma canelada”, afirmou o candidato.
Se referindo ao vice, o presidenciável se confundiu duas vezes. Nas ocasiões, o general Hamilton Mourão acabou sendo chamado de Augusto Mourão.
Bolsonaro começou a entrevista agradecendo seu eleitores e prometendo garantir o respeito dos valores dos “homens do campo, evangélicos, integrantes das forças armadas e família brasileira”. O deputado federal ainda agradeceu o Nordeste, onde, segundo ele, só não ganhou mais votos devido a supostas notícias falsas.“Não pretendemos acabar com o Bolsa-Família, não aumentaremos impostos nem voltaremos com a CPMF”, prometeu o presidenciável.
Por fim, o capitão afirmou que tem como objetivo unir o povo brasileiro e que, caso seja eleito, não aceitará o “toma lá dá cá” para a escolha dos ministros. Segundo ele, seu ministério será composto por notáveis.
Jair Bolsonaro (PSL) teve 49,2 milhões de votos e liderou o primeiro turno com 46% dos votos válidos. Ele permaneceu em casa durante a maior parte do dia, por indicação médica, devido ao ataque sofrido em Juiz de Fora. Ainda assim, o atual deputado federal se manifestou por sua conta no Twitter, na qual ele atacou o Partido dos Trabalhadores (PT), acusou Fernando Haddad de propagar fake news e ressaltou os “males e prejuízos da corrupção”.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Vera Schmitz