O líder da extrema-direita italiana e ministro do Interior, Matteo Salvini, comemorou os resultados eleitorais no Brasil e os votos recebidos pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL). Nas redes sociais e entrevistas, ele fez questão de declarar apoio ao brasileiro e insinuar que seu movimento também ganha adeptos em outras partes do mundo.
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John Oliver sobre Bolsonaro: 'Não deixe esse cara atirar na sua democracia'Bolsonaro vai investir na ideia de 'governabilidade'Planos de Haddad e Bolsonaro tratam a economia de forma antagônicaHoras depois, durante uma entrevista coletiva ao lado da líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, Salvini voltou a elogiar o resultado eleitoral de Bolsonaro. Segundo ele, este seria mais um exemplo da "revolução do bom senso que está percorrendo toda a Europa".
Salvini fez questão de defender o candidato brasileiro também em uma entrevista a uma rádio. "Não entendo alguns jornalistas italianos que chamam de racista-nazista-xenófobo qualquer um que defenda mais ordem e segurança para os cidadãos", disse.
Polêmicas
Acusado de racista por grupos de direitos humanos na Europa e mesmo parcelas da Igreja Católica, Salvini tem se envolvidos em polêmicas com a Comissão Europeia em razão da gestão da onda migratória na Itália.
Seu resultado nas urnas surgiu depois de prometer que, se vencesse, iria expulsar 500 mil estrangeiros clandestinos. A oposição o acusa ainda de ter inflamado a tensão racial com suas declarações. Mas ele minimiza o problema, alegando que são os imigrantes os responsáveis por um terço dos crimes cometidos hoje na Itália. "Esse é o único e verdadeiro drama", disse.
Em meados deste ano, o italiano ainda foi criticado por mencionar uma frase cunhada por Benito Mussolini.
Também neste ano, o atual ministro do Interior causou polêmica durante um evento em Viena. "A Itália precisava ajudar seus filhos a ter filhos, não a ter novos escravos para substituir as crianças que não estamos tendo", disse.
O histórico de declarações controvertidas de Salvini ainda inclui uma proposta que ele fez, em 2009, sugerindo que o transporte público em Milão fosse segregado entre moradores locais e estrangeiros. Segundo ele, deveria ser pensado "assentos ou vagões reservados para milaneses".
Diante das críticas, ele amenizou o tom e alegou que era "apenas uma provocação para dizer que os residentes eram minorias e que, como tal, precisavam ser resguardados"..