O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, deverá passar por nova cirurgia logo após uma eventual posse, caso eleito no segundo turno. É o que prevê o cirurgião-chefe da equipe médica do candidato, Antônio Luiz Macedo, do Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, onde o candidato ficou internado por quase um mês.
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Disputa entre Bolsonaro e Haddad é acirrada e sem debateBolsonaro tem 58% dos votos válidos no 2º turno e Haddad, 42%, diz pesquisa"É Bolsonaro e Anastasia'', diz presidente do PSDB em Minas em vídeo com o capitãoNova cirurgia de Bolsonaro será realizada após posseTSE sugere que diplomação de Bolsonaro ocorra no dia 11/12, antes de cirurgiaDessa forma, o ideal, segundo o médico, é que o procedimento seja feito somente em janeiro. "Eu me sentiria mais seguro se a gente fechasse (a colostomia) após a (eventual) posse, em janeiro. Mas se ele quiser fazer antes, não vejo grandes dificuldades", declarou. "Ele é muito ativo, quase impulsivo, tem muita disposição para fazer as coisas, é capaz de ele querer tirar antes. Acho que se os exames estiverem bons no dia 18 de outubro, esperando terminar o pleito eleitoral, ele decide se fecha no meio de dezembro ou em janeiro", disse Macedo.
O procedimento
Na nova cirurgia, o abdome de Bolsonaro será aberto novamente para que as alças do intestino grosso sejam unidas e, com isso, o trânsito intestinal volte ao normal e o paciente deixe de usar a bolsa coletora de fezes.
A cirurgia requer a abertura do abdome e não pode ser feita por videolaparoscopia pelo tipo de colostomia à qual Bolsonaro foi submetido, chamada de colostomia terminal, quando o intestino é completamente separado para que uma das "bocas" seja exteriorizada até a pele para a saída de fezes na bolsa coletora.
Segundo Macedo, a chance de uma complicação nessa cirurgia é menor do que nas operações anteriores à quais Bolsonaro foi submetido. "É uma cirurgia que, para um cirurgião bem treinado, não é um bicho de sete cabeças como foi aquela do dia 12 de setembro.
A colostomia foi necessária para isolar as áreas lesionadas da passagem de fezes, diminuindo, assim, o risco de infecções. Isso porque, ao ser atacado em Juiz de Fora, em 6 de setembro, Bolsonaro sofreu três perfurações no intestino delgado e um no intestino grosso. Ele chegou à Santa Casa de Juiz de Fora em estado grave, com hemorragia interna, e passou por uma cirurgia que estancou o sangramento e reparou as lesões intestinais e vasculares.
Riscos
Embora a cirurgia de reversão de colostomia seja menos complexa do que as anteriores, ela não está isenta de riscos. Assim como em qualquer operação do sistema digestivo, pode ocasionar complicações como infecções, fístulas ou obstruções intestinais.
A recuperação, no entanto, deverá ser mais rápida que a das cirurgias anteriores.
Segundo Guilherme Cotti, cirurgião do aparelho digestivo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) do Hospital das Clínicas de São Paulo, o tempo de internação médio após cirurgias de reversão de colostomia é de uma semana.
"É uma semana no hospital e outra semana de recuperação em casa, com repouso. Se tudo correr bem, a alimentação já é reintroduzida dois ou três dias após a cirurgia", afirmou.
Assim, se a cirurgia for realmente realizada em janeiro, o presidenciável, caso eleito, ficaria impedido de comparecer a compromissos oficiais por pelo menos duas semanas.
Após o período de reintrodução alimentar e cicatrização, o paciente já é liberado para suas atividades normais se o sistema digestivo voltar a funcionar normalmente e não for verificada nenhuma complicação, podendo viajar e ter compromissos públicos, segundo os médicos. ( Com informações do Estadão Conteúdo) .