O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, autorizou a realização de exame de sanidade mental no agressor do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. O processo corre em sigilo, mas o ESTADO DE MINAS apurou que a decisão foi proferida pelo juiz nesta quarta-feira (dia 10), em atendimento a pedido de instauração de incidente de insanidade mental, apresentado pela defesa.
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MPF denuncia Adélio Bispo, agressor de BolsonaroPolícia investiga se Adélio esteve na CâmaraEM traça perfil de Adélio, autor do atentado contra BolsonaroJustiça dá mais 90 dias para PF investigar quem pagou defesa de Adélio BispoPF pede 90 dias para fechar inquérito sobre atentado contra BolsonaroO juiz federal Bruno Savino determinou a realização de exame médico-legal no agressor de Bolsonaro por perito oficial na Penitenciária Federal em Campo Grande. Ainda não existe prazo divulgação do resultado. Mas, segundo o advogado Zanone Manuel Oliveira Junior,que defende Adélio Bispo, o resultado deverá sair dentro de dois meses.
A realização do exame de insanidade mental foi autorizada pela Justiça após apresentação pela defesa de um segundo pedido nesse sentido, com base em um laudo de avaliação psiquiátrica do esfaqueador de Bolsonaro, feita pelo psiquiatra Hewdy Lobo Ribeiro (profissional particular).
Além do laudo asssinado pelo psiquiatra particular,em sua decisão, o juiz Bruno Savino também considerou parecer do Ministério Público Federal, que manifestou-se favoravelmente à instauração do incidente do sanidade mental.
O pedido do exame de sanidade mental é um recurso apresentado pela defesa, que tem como objetivo sustentar que o réu não é responsável pelas suas ações.
No final de setembro, a Polícia Federal concluiu a investigação do ataque e indiciou Adélio Bispo de Oliveira por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Os indícios da investigação foram que agiu sozinho. No entanto, foi aberto um segundo inquérito para averiguar se o agressor teve a ajuda de outras pessoas. As investigações continuam em andamento.
No dia 2 de outubro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Adélio Bispo de Oliveira pelo atentado a faca contra Jair Bolsonaro. O MPF seguiu o entendimento da investigação conduzida pela Polícia Federal e enquadrou o agressor no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional pela prática de "atentado pessoalu por inconformismo político". A denúncia, feita pelo procurador Marcelo Borges de Mattos Medina, foi acatada pela Justiça Federal..