Depois de eleger 52 deputados na Câmara - a segunda maior bancada, atrás apenas da do PT - e de terminar o primeiro turno em primeiro lugar, o candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, voltou a lançar dúvidas sobre a votação eletrônica. Dessa vez, no entanto, o capitão reformado do Exército ressaltou que a suspeição vale somente para a votação para presidente.
"Daí alguém fala: 'ah, se houvesse fraude, não teria feito 52 deputados federais do PSL'. Olha, a desconfiança é exatamente na votação para presidente", disse Bolsonaro. "Se eu for presidente, pode ter certeza: nós vamos ter, já nas eleições de 2020, uma forma segura para votar, onde se possa fazer auditoria."
O candidato, que fez uma transmissão live no Facebook acompanhado de Luiz Philippe de Orleans e Bragança, um dos eleitos deputado federal por São Paulo em seu partido, disse que sabe de "muito equívoco" na votação do último final de semana e comentou que "a senhora que trabalha" em sua casa não conseguiu votar para presidente.
Bolsonaro, no entanto, disse não querer falar de fraude "ainda". "Até para não levar pancada dos outros", emendou.
Na visão do candidato, que reconheceu estar bem nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno, a fraude nas eleições pode ser trama do ex-presidente Lula. "Você, se fosse o Lula, aceitaria passivamente ir para a cadeia sem um plano B?", questiona a Bragança.
O candidato acusou ainda Haddad de planejar, caso eleito, conceder um indulto presidencial a Lula e "a todos que praticaram crime conexo". O petista já negou essa intenção.
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