O primeiro debate entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul que disputarão o segundo turno das eleições 2018, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) e o governador José Ivo Sartori (MDB), que busca a reeleição, foi marcado por ataques entre os adversários. O debate foi promovido pela Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira, 16. A organização do debate eliminou "réplicas e tréplicas" e propôs discussão livre de quatro minutos após cada resposta dos candidatos. Com isso, os rivais puderam se confrontar abertamente, o que culminou em diversas trocas de provocações e acusações.
Logo no início, em pergunta sobre concessões de rodovias, Leite acusou Sartori de ser "especialista em parar as coisas", ao afirmar que o governador não colocou em prática um plano de concessões para o RS e deixou obras paradas. O emedebista respondeu que o tucano "não conhece a realidade" e que "ninguém precisa se apressar" para fazer as obras.
Apesar de propostas apresentadas em alguns momentos, o clima tenso permaneceu em todo o encontro, que durou duas horas. Os ânimos se acirraram quando o assunto foi o diálogo com o funcionalismo público. Leite questionou Sartori se o governador, caso reeleito, conversaria com a classe, afirmando que isso não teria ocorrido nos últimos quatro anos. "O senhor não foi no debate com os servidores públicos", disse o tucano.
"O acerto entre as campanha eleitorais foi entre todos.
Após a resposta de Sartori, o clima esquentou. Leite acusou: "O senhor, da forma como está colocando, dá a sensação de que o governo do Estado está perfeito. O Estado não está no rumo certo". "Eu não retiro o que disse porque sou atacado pelo senhor e nunca lhe respondi", afirmou Sartori.
Neste momento o mediador interveio e pediu calma para os candidatos. Leite venceu o primeiro turno da eleição ao governo gaúcho com 35,9% dos votos. Sartori obteve 31,11%..